Os angolanos são um dos principais investidores no PSI 20, com uma carteira avaliada em mais de três mil milhões.
À cabeça destes investimentos está a posição indirecta da Esperanza Holding avaliada em cerca de 1.800 milhões de euros na Galp. A Esperanza Holding é detida pela Sonangol e por Isabel dos Santos, detendo uma participação de 45% na Amorim Energia, que por sua vez detém 38,34% na petrolífera nacional. Na Zon Optimus, a nova empresa criada da fusão da Zon com a Optimus, a participação de Isabel dos Santos na telecom nacional é feita através da sua posição de 50% na Zopt, que controla 50,01% da Zon Optimus. Contas feitas, a empresária angolana detém uma posição avaliada em 635 milhões de euros, face à capitalização bolsista da Zon Optimus de 2.500 mil milhões. Além destes investimentos, há a considerar a presença angolana na banca portuguesa. No BPI, a Santoro tem uma participação de 19,5% avaliada em 300 milhões de euros e, no BCP, a Sonangol, que controla 19,44% do banco de Nuno Amado, tem uma posição avaliada em 416 milhões de euros. Mais: o general Hélder Vieira Dias (‘Kopelipa’) controla 10,9% do BIG e Isabel dos Santos controla 25% do BIC. E na Cofina, a participação angolana de 15,08% confere à Newshold uma aplicação de 7,7 milhões de euros. Recentemente, o empresário Mosquito investiu no grupo Soares da Costa, controlando 66,7% do capital da holding Soares da Costa Construção. Mosquito está, de resto, em negociações para entrar no capital da Controlinveste.
Os principais investimentos nacionais em Angola
A presença de Portugal em Angola passa sobretudo pelo sector da energia, telecomunicações, banca e construção. A Portugal Telecom detém 25% da operadora da operadora de telecomunicações Unitel, enquanto que a Zon Optimus controla 30% da operadora de ‘pay TV’ ZAP. No sector energético, a Galp explora e produz petróleo e gás em consórcio com outras petrolíferas internacionais, gerindo igualmente uma rede de postos de abastecimento no país. E a EDP detém participações em parques eólicos e mini-hídricas. Na banca angolana a presença portuguesa é também relevante. O BES controla 51,9% do BES Angola, o Millennium bcp detém 50,1% do Millennium Angola e BPI domina com 50,1% o capital do Banco Fomento Angola. Caixa Geral de Depósitos e Santander Totta têm joint-venture que detém 51% do Banco Caixa Totta Angola. Mota-Engil (construção, engenharia e serviços), Soares da Costa (construção, engenharia e serviços) e Teixeira Duarte (construção, concessões, imobiliária, hotelaria, distribuição e automóvel) também marcam forte presença em território angolano.