“A titular do cargo é professora e investigadora na Universidade do Minho e vai assumir um cargo intermédio da função pública, que terá por missão que fazer a ligação entre o Museu e o Parque Arqueológico do Vale e a direção da Fundação Côa Parque”, explicou o dirigente da instituição.
O lugar resulta da decisão do júri de um concurso internacional, que tinha por missão designar o novo responsável pelo cargo, ao qual concorreram duas dezenas pessoas.
“Esta investigadora tem uma forte ligação ao Vale do Côa, já que coordenou a equipa que estudou arte rupestre do rio Sabor tendo, igualmente, elaborado uma tese de mestrado sobre a arte esquemática do Nordeste Transmontano, a que se junta uma tese de doutoramento sobre o Plano de Gestão do Vale do Côa”, especificou Bruno Navarro.
Segundo o presidente do conselho diretivo da fundação, houve um conjunto de candidaturas “muito boas”, o que dificultou a tarefa de escolher o novo responsável técnico e científico do Museu e Parque Arqueológico, situado no distrito da Guarda.
“Estamos convencidos de que a professora e investigadora da Universidade do Minho Sofia Figueiredo cumpre todos os requisitos necessários para ocupar o cargo”, vincou Bruno Navarro.
Para já, os desafios passam por, em conjunto com o conselho diretivo da fundação, elaborar o plano estratégico do Vale do Côa e coordenar a gestão corrente do Museu e do Parque Arqueológico.
A tomada de posse de Sofia Figueiredo será feita “logo que estejam assegurados todos os preceitos legais”.
A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior, em finais do século XX, em toda a Europa, de acordo com arqueólogos.
Aquando da descoberta da “Arte do Côa”, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior (de 25 mil a 30 mil anos atrás) e estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.
Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a vários núcleos de gravuras, como Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos.