Numa zona de difícil acesso
O primeiro grande incêndio do ano no Parque Natural da Serra da Estrela, que deflagrou na noite de segunda para terça-feira, destruiu uma grande área florestal na zona de Covão de Santa Maria.
O local, de difícil acesso, dificultou o trabalho dos bombeiros no terreno, que só 12 horas depois conseguiram dar o incêndio como extinto.
Seara Pires, segundo comandante do CDOS da Guarda, explica que o combate ao incêndio foi “difícil”, porque aconteceu numa zona de onde praticamente não existem acessos. “O combate foi quase todo feito com material sapador, porque os carros não chegavam ao local”, sublinhou, e apesar do incêndio ter consumido “muito hectares de mato”, o mesmo “não entrou em nenhuma área sensível” do Parque Natural da Serra da Estrela.
No combate às chamas estiveram sete corporações de bombeiros, equipas EPNA da GNR, e do ICNB, num total de 84 homens e cerca de duas dezenas de viaturas.
Presidente de Gouveia queixou-se de não ser avisado
O presidente da Câmara de Gouveia louvou o trabalho dos bombeiros no combate às chamas, mas apontou deficiências na comunicação entre a Autoridade de Protecção Civil e a respectiva estrutura concelhia. “Nós não fomos avisados” do início do incêndio, referiu Álvaro Amaro, adiantando que o vice-presidente do município apenas foi alertado às 7 horas da manhã. “O Comando Distrital tem de avisar a Protecção Civil concelhia”, reclamou o autarca, admitindo pedir responsabilidades, apesar de admitir que “como estamos no início, temos de ser tolerantes”.
Seara Pires, sobre esta questão, sublinhou que a situação inicial não justificava a mobilização de meios e um alerta generalizado. “O fogo estava limitado a uma zona inacessível e só quando passou a ser possível combatê-lo, de madrugada, é que foi dado o alerta a todas as autoridades”, explicou este responsável.
