Hostel Criativo de Seia acolhe residência artística com fotógrafos nacionais e franceses

O Hostel Criativo do Sabugueiro, no concelho de Seia, vai acolher, em julho e agosto, uma residência artística com fotógrafos nacionais e franceses, anunciou hoje a Associação de Beneficência do Sabugueiro, entidade proprietária da unidade de alojamento.

A direção da Associação de Beneficência do Sabugueiro, presidida por Mário Jorge Branquinho, refere em comunicado enviado à agência Lusa que o Hostel Criativo ainda não tem data marcada para reabrir aos clientes (devido à pandemia da covid-19), mas tem já prevista, para julho e agosto, “uma residência [artística] com a participação de fotógrafos portugueses e franceses”.

“Trata-se de um trabalho no âmbito de ‘O centro do fim do mundo’, que é um projeto artístico iniciado pelo artista plástico Frédéric Develay e desenvolvido pela Associação Apax, em Manteigas”, adianta.

Segundo a fonte, de 10 a 16 de julho participa na iniciativa a fotógrafa francesa Cecile Hug e, de 27 de julho a 02 de agosto, o fotógrafo português Thierry Ferreira.

Para os meses de agosto e de novembro, a Associação de Beneficência do Sabugueiro tem prevista uma residência artística DME, com o apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes), que visa “proporcionar a compositores e artistas sonoros um contexto adequado para a criação de novas obras”.

A associação lembra que para o mês de abril também estava prevista a realização de uma residência artística em parceria com o festival DME, com Manfredi Clemente (compositor italiano de música concreta, artista de som e ‘designer de som’) e uma extensão do Festival de Artes de Seia, mas foram canceladas devido à pandemia.

O Hostel Criativo do Sabugueiro, na Serra da Estrela, abriu as portas em fevereiro de 2019 e tem desenvolvido “um conjunto de residências artísticas que se reputam de muito importantes, pela interação criada com a comunidade a partir de um conjunto de parcerias com diversas entidades”.

Segundo a fonte, já foram desenvolvidos “projetos artísticos dos quais resultam sempre trabalhos finais para a comunidade, numa lógica de envolvência dos habitantes locais e aproveitamento de recursos naturais e culturais”.

“Como se vê, há uma dinâmica cultural que a associação do Sabugueiro desenvolve, numa lógica de atração de artistas enquanto elementos estratégicos para dinamização de territórios do interior do país. Em todas estas iniciativas está subjacente o conceito de ecoaldeia, numa estreita articulação entre o social, o cultural e a ecologia para a sustentabilidade”, explica o presidente da direção.

Segundo Mário Jorge Branquinho, com a obra, a Associação de Beneficência do Sabugueiro “prossegue a sua missão social, uma vez que o hostel se assume como instrumento de desenvolvimento” daquela aldeia da Serra da Estrela.

O equipamento também pretende ser “uma nova fonte de rendimento para a instituição, enquadrada na chamada ‘economia social'”, remata.


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