Hasta pública para venda do Hotel Turismo da Guarda ficou deserta

O presidente da Câmara da Guarda anunciou hoje que a hasta pública realizada pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) para venda do edifício do Hotel de Turismo, pelo valor de 1,7 milhões de euros, ficou deserta.

A venda do imóvel, que pertence ao Turismo de Portugal, em hasta pública, foi a primeira etapa “para devolver o Hotel de Turismo à economia do país”, disse o autarca Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP) no discurso de inauguração da segunda edição da Feira Ibérica de Turismo (FIT).

Segundo o autarca, a hasta pública realizada hoje de manhã em Lisboa, ficou deserta, porque “não apareceu ninguém” interessado no negócio.

Nos próximos trinta dias, anunciou, será aberta “a segunda etapa”, que será a venda “por hasta pública, do direito de superfície por 30 ou 40 anos” e com a redução do preço de 1,7 milhões de euros “para metade”.

“Segunda hipótese: o chamado concurso público de negociação. Perante interessados, haverá uma negociação com base nas linhas gerais”, acrescentou.

Assegurou ainda que para uma destas etapas “houve alguém que hoje mesmo” lhe disse que se candidatará “ou ao contrato público de concessão ou à hasta pública do direito de superfície”.

O edifício foi vendido em 2010, pela Câmara Municipal, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3,5 milhões de euros, para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola de hotelaria, mas o projeto não saiu do papel e o imóvel está de portas fechadas e a degradar-se.

O Hotel de Turismo, localizado junto do edifício da Câmara Municipal, inaugurado na década de 1940, foi a primeira unidade hoteleira da Guarda.

Na sessão inaugural da FIT, que decorre até domingo, o presidente da Câmara da Guarda, agradeceu ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que esteve na abertura, “em nome da Guarda” e “de todos os territórios do chamado arco do interior”, a coragem para fazer a reforma da água, “há muitos e muitos anos adiada”.

Uma reforma que considerou “da solidariedade, a verdadeira solidariedade entre os espaços regionais”.

Álvaro Amaro também evidenciou a coragem de Pedro Passos Coelho por instalar na Guarda a sede social da empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo.

“Isto sim, são factos, e não apenas, muitas vezes, bons discursos que todos podemos proferir. Essa coragem que alimenta a esperança”, afirmou.

A FIT, organizada pela Câmara da Guarda, conta com mais de uma centena de expositores nacionais e espanhóis ligados ao turismo.

A feira “pretende promover a troca de experiências entre portugueses e espanhóis, abrindo as portas a novos mercados, bem como a produtos turísticos diferenciadores, e ainda dar a conhecer o património natural e histórico e a gastronomia, atraindo turistas, visitantes e também investidores que possam fixar-se na Guarda”, segundo a organização.

O certame realiza-se no recinto do parque urbano do rio Diz onde ocupa uma área coberta de cerca de sete mil metros quadrados.


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