Habitantes de Almeida terminam protesto após garantia de diálogo

Cerca de 200 habitantes e autarcas de Almeida terminaram o protesto realizado ontem junto ao balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) local, após garantia de diálogo por parte da administração, disse à agência Lusa fonte da autarquia.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, Alberto Morgado, adiantou que o protesto iniciado pelas 14 horas no interior e no exterior das instalações da dependência da CGD daquela vila do distrito da Guarda terminou pelas 20h30.

Segundo o autarca, os manifestantes abandonaram o local e “o diálogo mantém-se aberto” até ao dia 02 de maio.

Naquele dia, a administração da CGD, em Lisboa, receberá “institucionalmente a autarquia”, disse o autarca, adiantando que existe ainda a garantia “de os serviços estarem abertos até terça-feira”.

“O diálogo está em aberto e mantém-se em aberto”, assegurou o vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida que também participou no protesto pacífico.

Alberto Morgado explicou que a iniciativa foi realizada porque a autarquia tinha “a garantia de que os serviços permaneceriam abertos” mas, “na prática, não era bem assim, porque punham só a parte informática e as máquinas (ATM e ATF) a funcionar”.

“Ao dizer que tinham os serviços todos abertos, não é bem assim, porque [nas condições previstas] se um indivíduo quiser fazer um levantamento de 1.500 euros não o pode fazer”, alegou.

Um habitante de Almeida que participou no protesto explicou à Lusa que, pelas 14:00, as pessoas começaram a entrar nas instalações a pedir informações sobre as contas bancárias, evitando que a agência fosse encerrada à hora normal.

O mesmo habitante adiantou que se tratou de um protesto pacífico e que alguns elementos da GNR estiveram no local.

Várias centenas de habitantes e de autarcas de Almeida manifestaram-se também no dia 12 contra a decisão do fecho da agência local da CGD e exigiram a sua manutenção naquela vila do distrito da Guarda.

Com o protesto, realizado no Largo 25 de Abril, no exterior das muralhas da vila, os participantes pretenderam alertar a administração da Caixa para a necessidade de manutenção da agência.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse, na ocasião, que o concelho não pode ser “discriminado” pela CGD, por ser a única sede de um município a perder um balcão.

O vice-presidente da autarquia, Alberto Morgado, afirmou que a agência da CGD deve continuar de portas abertas, porque no concelho existem duas – em Almeida e Vilar Formoso -, mas considera que a de Vilar Formoso é de âmbito nacional.

“A agência de Vilar Formoso deve ser considerada uma agência de âmbito nacional. Ela é importante não só para o concelho de Almeida como para o país”, justificou.

Em relação ao banco na sede de concelho, disse que os habitantes não devem ficar privados “dos serviços públicos da CGD”.


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