A população voltou ontem a protestar contra a intenção da CGD em encerrar a agência daquela vila histórica, situada junto da fronteira com Espanha, e pelas 14h30 ocupou as instalações, situação que se mantinha pelas 23h40.
O presidente e o vice-presidente da Câmara de Almeida deslocaram-se ontem a Lisboa para uma reunião com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o encontro não aconteceu, tendo reunido com o diretor-geral.
Os dois autarcas chegaram a Almeida pelas 22h15, altura em que comunicaram à população o sucedido e apelaram que seja dado o dia de quarta-feira (hoje) à administração do banco para que inverta a decisão e mantenha o balcão em funcionamento, com o serviço de tesouraria.
“Vamos dar um dia à administração da CGD no sentido de perceber que a nossa união está forte, que as nossas razões são muitas, que a nossa situação é única, que é uma discriminação”, declarou o vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, Alberto Morgado.
O autarca também pediu à população de Almeida e do concelho, porque as contas estão agora domiciliadas no balcão de Vilar Formoso, para que, na quinta-feira, pelas 14h30, se dirijam àquela dependência “para saberem das suas contas” e propôs que permaneçam nas instalações “em protesto”.
Alberto Morgado exigiu ao Governo que o administrador da Caixa, Paulo Macedo, “repense a estratégia”, sob pena de ser pedida a sua demissão.
O presidente da autarquia de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse, à chegada de Lisboa, que na quarta-feira irá apelar ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, a dar conta que o eventual fecho do balcão local da CGD “é um ato discriminatório” e não é aceite, porque se trata de uma sede de concelho.
“Nós não vamos aceitar isto. Eu não vou aceitar isto. Espero que haja bom senso”, declarou, informando que o município manterá o diálogo institucional.
Os habitantes de Almeida ocupam pacificamente, desde as 14h30 de ontem, o interior do balcão da CGD, num protesto pacífico, contra o eventual fecho daquela agência na sede do concelho.
Com o fecho do balcão de Almeida, os habitantes terão de se deslocar a Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros da sede de concelho.