Guarda regista a maior área ardida do país

Distrito teve em Agosto o seu mês mais crítico e ficou a 500 hectares de atingir o máximo da última década, alcançado em 2005A Guarda continua a ser o distrito com maior área ardida do país, estando apenas a cerca de 500 hectares de atingir o máximo registado na última década, em 2005, quando arderam […]

Distrito teve em Agosto o seu mês mais crítico e ficou a 500 hectares de atingir o máximo da última década, alcançado em 2005A Guarda continua a ser o distrito com maior área ardida do país, estando apenas a cerca de 500 hectares de atingir o máximo registado na última década, em 2005, quando arderam 24.500 hectares. No distrito “vizinho” de Castelo Branco arderam apenas 1.227 hectares. Os dados são do último relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN), entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro.

Apesar de em Setembro terem ardido cerca de 200 hectares de mato, o distrito permanece (com 24.071 hectares) à frente de Viana do Castelo (22.940), Viseu (18.402), Vila Real (17.892) e Braga (13.021), num total nacional de 125.852 hectares. Agosto foi, no entanto, o mês mais crítico do ano, cujos grandes incêndios (fogos com área total afectada igual ou superior a 100 hectares) foram responsáveis por cerca de 88 por cento (21.223 hectares) do total registado até ao momento. Na primeira quinzena desse mês, registo para os fogos de Aldeia Nova, em Trancoso (3.648 hectares), Vila Franca da Serra, em Gouveia (3.495), Seia (3.200), Porto de Ovelha, em Almeida (1.777), Paranhos, em Seia (1.620), Pinhel (1.600) e Colmeal, em Figueira de Castelo Rodrigo (220).

Na segunda quinzena, o concelho da Guarda foi o mais afectado, com os fogos do Marmeleiro (dia 26) – que devastou 4.121 hectares – e da Benespera (dia 28) – onde arderam 998. Figueira de Castelo Rodrigo também sentiu a devastação das chamas, com os incêndios de dia 19 na sede de concelho (488 hectares ardidos) e de Mata de Lobos (dia 30) – que consumiu 143 hectares de floresta. No dia 26, o incêndio de Malpartida (Almeida) lavrou em 111 hectares de mato. Da análise das estatísticas mensais, realce para uma redução significativa do número de ignições no mês de Setembro. Foram contabilizadas 3.113 ocorrências, valor que é inferior à média do decénio para esse mês em cerca de 34 por cento. Este decréscimo é acompanhado pelo valor de área ardida que representa apenas 17 por cento da média do decénio. Cerca de metade das ocorrências cuja causa foi investigada e apurada pela GNR, até agora, resultaram de negligência por uso do fogo (queimas, queimadas, fogueiras, cigarros, entre outras). Ao nível do registo global, a base de dados nacional de incêndios florestais registou, até 30 de Setembro, um total de 20.927 ocorrências (3.638 incêndios florestais e 17.289 fogachos), que resultaram numa área ardida de 125.852 ha, repartida entre 43.608 ha em povoamentos (35 por cento) e 82.244ha de matos (65 por cento). Registou-se um aumento da área ardida em povoamentos face à quinzena anterior, que, contudo, no cômputo total representa cerca de um terço do total de área ardida.


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