Segundo Álvaro Amaro, os investimentos a realizar, entre 2017 e 2018, pela AVT e pela autarquia, através dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), pretendem melhorar a qualidade de vida dos munícipes do concelho.
Os SMAS vão investir quatro milhões de euros em redes de saneamento, com financiamento assegurado de 85% pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), e a AVT vai investir 3,5 milhões de euros na componente da água e do tratamento.
“A verdade é que estamos, entre a Câmara Municipal, através dos SMAS, e a empresa do Vale do Tejo [AVT], a investir, em infraestruturas básicas da qualidade de vida das pessoas, no valor de, em dois anos, de 7,5 milhões de euros”, disse o autarca à agência Lusa.
Quando iniciou funções como presidente do executivo municipal da cidade mais alta do país, em 2013, no concelho da Guarda “havia 40 aldeias sem água ao domicílio”, sendo que com estes investimentos restam ainda 12.
“Mas há 28 aldeias que passam a ser servidas com água ao domicílio, que é uma condição básica da qualidade de vida”, disse Álvaro Amaro, mostrando-se impressionado com o cenário encontrado, daí o investimento.
Existem 70 aldeias no concelho da Guarda sem saneamento e no fim destes investimentos estarão à volta de 50, uma vez que vão ser feitas obras em 20, apontou.
“É um investimento muito denso, muito importante para a qualidade de vida dos cidadãos e que eu, sinceramente, esperava que no século XXI já não houvesse necessidade disso”, declarou.
O autarca lembrou que no concelho, nos primeiros anos da democracia autárquica, um presidente de câmara ficou conhecido como “o presidente das aldeias”, por ter olhado para a importância do mundo rural, mas seguiram-se anos em que se perdeu esse investimento.
“E hoje, as nossas aldeias, cada vez mais, terão melhores condições para poderem ter mais qualidade de vida e mais capacidade para atrair as pessoas”, disse, considerando que o mundo rural também é importante para a cidade.
O executivo que lidera quer uma cidade “muito mais atrativa, muito mais bonita, em que as pessoas tenham ainda mais orgulho, mais autoestima”, referiu.
“Queremos isso da cidade, naturalmente, fizemo-la renascer, mas não podemos também de deixar de olhar à nossa ruralidade, que é uma riqueza deste nosso território”, concluiu o autarca da Guarda.