Receios de um cenário semelhante ao do Chipre estiveram na base da desistência.
A Grécia já não vai fundir o Banco Nacional da Grécia (BNG) – o maior do país – com o Eurobank. Na base desta desistência estão os receios de uma repetição do cenário cipriota, segundo o El Mundo. A decisão ocorreu numa reunião entre o ministro da Economia, Yanis Stournaras, e a ‘troika’ em Atenas. A operação criaria um grande banco com um volume de negócios de 178 mil milhões de euros, montante semelhante ao PIB grego. Recorde-se que, com a crise na Grécia, o controlo do setor financeiro ficou nas mãos de quatro entidades. Se uma delas enfrentar dificuldades, poderá afectar todo o setor financeiro de forma semelhante ao caso cipriota, onde o volume de negócios do Chipre superava em cinco vezes o PIB do país, pelo que poucos querem repetir o cenário do Chipre. Outro problema é a necessidade de recapitalização dos bancos. Em separado, as entidades financeiras precisavam de 15 mil milhões de euros, mas uma fusão teria elevado o valor para 17 mil milhões de euros. «A ‘troika’ não pode vetar a fusão, mas é quem dá o dinheiro», afirmou fonte próxima das negociações, afirma o El Mundo, citando o diário grego Kathimerini.