Gouveia adia anúncio do vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira para 30 de abril

O município de Gouveia, no distrito da Guarda, adiou para dia 30 de abril o anúncio do vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022, pelo grande número de obras concorrentes.

O anúncio do vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira deste ano devia ter-se realizado na terça-feira, de acordo com o regulamento do galardão.

“Esta alteração deve-se ao número de exemplares concorrentes ao Prémio Literário Vergílio Ferreira que superou o esperado, estando a concurso 26 obras”, referiu a autarquia de Gouveia em comunicado enviado esta quarta-feira à agência Lusa.

Segundo a fonte, tendo com conta a situação, “o júri solicitou o alargamento do prazo, em dois meses, para avaliação dos trabalhos, tendo em conta a natureza do texto literário, que este ano distingue uma obra na categoria de Ensaio”.

“As obras a concurso estão a ser apreciadas por um júri constituído por um representante do município de Gouveia, um representante da Associação Portuguesa de Escritores e [outro] representante da Associação Portuguesa de Críticos Literários”, lê-se.

O Prémio Literário Vergílio Ferreira tem o valor pecuniário de cinco mil euros e a obra vencedora será editada pelo município de Gouveia.

O prémio foi criado em 1997 pela Câmara Municipal de Gouveia, com o objetivo de homenagear o autor de “Manhã Submersa”, bem “como defender e divulgar a criação literária em língua portuguesa”.

“Inicialmente, o galardão distinguia um romance inédito, mas a partir de 2007 passou a premiar, alternadamente, um romance e um ensaio literário”, lembrou a autarquia presidida por Luís Tadeu.

O autor de “Manhã Submersa” nasceu na aldeia de Melo, no concelho de Gouveia, na Serra da Estrela, no distrito da Guarda, a 28 de janeiro de 1916 e morreu a 01 de março de 1996.

O Prémio Literário Vergílio Ferreira já distinguiu, entre outras, as obras “Senha Número Trinta e Quatro”, da autoria de João José Afonso Madeira (2020), “Que possível ensaio sobre a verdade em Vergílio Ferreira”, de Maria do Rosário Cristóvão (2018), “Dor de Ser Quase, Dor Sem Fim”, de Iolanda Martins Antunes (2016), “O Cómico em Vergílio Ferreira”, de Jorge Costa Lopes (2013), “Diário dos Imperfeitos”, de João Morgado (2012), e “Estação Ardente”, de Júlio Conrado (2006).


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