Subida da cotação nos mercados internacionais e quebra do euro travam três semanas de quedas consecutivas dos preços nas bombas.
A fatura da gasolina vai voltar a encarecer já a partir de segunda-feira, ao contrário do preço do gasóleo, que deverá descer pela quinta semana consecutiva. Segundo fonte do setor contactada pelo Diário Económico, «a evolução das cotações em euros aponta para uma nova descida no preço do gasóleo que deverá rondar o meio cêntimo por litro e para uma subida que se deverá situar entre os dois e os três cêntimo por litro no preço da gasolina». Os números mostram que na última semana a cotação do gasóleo nos mercados internacionais desceu 1,05%, ao contrário da gasolina, que aumentou 2,46%. E isto apesar de os preços do petróleo terem regredido cerca de 2%, a refletir os receios em torno da crise europeia. A contribuir para este aumento da gasolina estará o aumento de consumo nos Estados Unidos, explicam os peritos. É que em período de festas, neste caso a Páscoa, o consumo de gasolina aumenta significativamente com as viagens de férias de boa parte da população. Sinal disso é que os ‘stocks’ de gasolina nos EUA sofreram uma quebra de 1,5 milhões de barris na semana passada, muito acima do decréscimo antecipado pelo mercado. Já o euro regista uma perda semanal de mais de 1% face à nota verde, o que agrava os efeitos da subida dos preços dos combustíveis para os consumidores europeus, dado que a matéria-prima é negociada em dólares. Recorde-se que o preço médio do gasóleo em Portugal está actualmente em 1,449 euros por litro, enquanto a gasolina custa em média 1,639 euros, de acordo com os dados disponibilizados pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). As cotações podem, no entanto, variar nos postos de abastecimento, já que o preço fixado na rede tem ainda em conta o nível de concorrência, da oferta e da procura em cada mercado e o nível de custos fixos de cada posto. Segundo dados de Bruxelas, os preços praticados em Portugal são dos mais altos da União Europeia, uma das razões pelas quais o consumo tem vindo a decrescer, uma tendência que se arrasta desde abril de 2011.