Fusão da Refer com Estradas de Portugal "não é nenhuma invenção"

O Governo quer concretizar a fusão da Refer com a Estradas de Portugal. O presidente da Refer, Rui Loureiro, não fez comentários ao projeto mas adiantou, no entanto, não ser uma invenção.

“Existem soluções similares em países estrangeiros. Não é invenção nenhuma”, declara Rui Loureiro, presidente da Refer, em entrevista ao “Diário Económico”, a propósito da pretendida fusão da Refer com a Estradas de Portugal, que o Governo está a preparar.

Rui Loureiro não faz, no entanto, mais comentários sobre a fusão, já que é assunto, a seu ver, de acionistas. “Qualquer solução funciona desde que as pessoas estejam motivadas”.

A combinação entre a gestora da rede ferroviária com a gestora da rede rodoviária resultará numa empresa com uma dívida elevada, de 10 mil milhões de euros. Terá mais de quatro mil trabalhadores, tendo já o Governo dito que o objetivo desta junção não é o da redução de postos de trabalho.

A Refer, segundo Rui Loureiro, já reduziu, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013, um total de 957 colaboradores. Só no ano passado saíram 100 pessoas, tendo a empresa ficado com 2.540 trabalhadores. No conjunto de todo o grupo o número de trabalhadores soma, agora, três mil. “O maior esforço foi feito em 2011”, assume Rui Loureiro ao “Económico”, explicando que “estas saídas não têm só a ver com as questões da crise e dos objetivos de redução de pessoal, mas também com a mudança acelerada de tecnologias na empresa e no grupo, em particular no capítulo de automatização, de sinalização”.

Na entrevista concedida ao jornal, o presidente da Refer avança os resultados preliminares de 2013 da Refer que terá fechado o ano com prejuízos de cerca de 20 milhões de euros. As receitas operacionais terão sido de 170 milhões de euros.

Para 2014 a empresa estima um prejuízo de 30 milhões, apontando para 2015 o equilíbrio operacional do grupo.


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