A fatura energética portuguesa diminuiu em 2013, com o saldo importador a recuar 12,8%, para 6,23 mil milhões de euros, o valor mais baixo dos últimos três anos, de acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). No ano passado Portugal contabilizou importações energéticas de 11,36 mil milhões de euros (menos 0,5% que em 2012), enquanto as exportações dispararam 20,1%, para 5,13 mil milhões de euros, suportadas, essencialmente, pela venda ao exterior de gasóleo oriundo das refinarias da Galp. O saldo importador de 6,23 mil milhões de euros reportado pela DGEG compara com 7,14 mil milhões de euros em 2012 e com 6,85 mil milhões em 2011. A fatura energética de Portugal no ano passado fica ainda longe do pico de 8,25 mil milhões de euros do ano 2008, mas também está distante dos 4,88 mil milhões de euros de saldo importador que o País conseguiu no ano 2009. De acordo com as estatísticas publicadas pela DGEG, as importações portuguesas de produtos petrolíferos em 2013 até subiram 3%, para 9,49 mil milhões de euros, mas essa subida foi compensada por uma queda de 35% na importação de eletricidade (que custou 257 milhões de euros em 2013), bem como pela queda em torno de 30% na importação de carvão. A redução de 6,4% na importação de gás natural também teve um contributo relevante. Em sentido contrário, as exportações portuguesas de produtos energéticos estiveram em alta em 2013, com as vendas de refinados de petróleo ao exterior a subir 17,5%, de 4,15 para 4,88 mil milhões de euros. Houve também um incremento nas exportações de biomassa e, em especial, na exportação de eletricidade, que sextuplicou, passando de 21 para 125 milhões de euros entre 2012 e 2013.
Fatura energética portuguesa cai para o valor mais baixo dos últimos três anos
Apesar de ter aumentado as importações de petróleo, Portugal conseguiu em 2013 desagravar a sua fatura energética, que recuou quase 13%, para 6,23 mil milhões de euros, beneficiando de um aumento nas exportações de refinados, com destaque para o gasóleo.