A fábrica do grupo Peugeot Citroën (PSA), em Mangualde, poderá avançar com a dispensa de 80 trabalhadores, seis meses após o último despedimento coletivo. Em causa estão 80 postos de trabalho dos dois turnos que o construtor francês mantém em funcionamento na unidade portuguesa.
O processo ainda não está fechado, mas conversações com os trabalhadores já começaram, confirmou ao Económico fonte do Sindicato dos trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividade do Ambiente. “Para já são ainda boatos, nada está confirmado”, sulinha a mesma fonte.
Ao que tudo indica, a fábrica está a justificar este despedimento com a necessidade de reduzir custos de produção. Custos estes que o presidente do Grupo PSA, o português Carlos Tavares, já várias vezes veio a Portugal dizer que eram mais elevados que em França e que prejudicavam a fábrica portuguesa.
Caso este despedimento avance as áreas mais afetadas serão a logística, montagem, ferragem e pintura onde cada setor deve dispensar 20 trabalhadores.
No entanto, recorde-se que a PSA recebeu ajudas do Estado português e da União Europeia e tem limitações ao despedimento.
A fábrica da Peugeot Citroën em Portugal apresentou, no último ano, uma quebra de 5,7% na produção, tendo produzido 53.510 automóveis.
Até ao momento ainda não foi possível obter uma reposta por parte da administração da PSA.