Especialistas acreditam que a tendência de médio prazo das Euribor será descendente.
A Euribor, a três meses, que em Portugal serve de principal indexante do crédito às empresas subiu hoje para 0,199%, interrompendo um ciclo de quatro descidas consecutivas, de acordo com o ‘fixing’ diário da Federação Europeia de Bancos. Por outro lado, a Euribor a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito para aquisição de habitações, ficou nos 0,293%. No mesmo sentido, o prazo a 12 meses permaneceu nos 0,475%. Os especialistas acreditam que há margem para estes indexantes continuarem a cair, aliviando a prestação da casa ao banco, até porque existe a expectativa de que o BCE possa proceder a um novo corte da taxa de juro de referência (refi) para a zona euro durante este ano. Isto porque em Abril, os preços na Europa a 17 aumentaram 1,2% face ao mesmo mês do ano passado, depois de em Março a taxa de inflação se ter fixado em 1,7%. A forte desaceleração dos preços – há um ano, por exemplo, a inflação no euro era de 2,6% – é um factor que pode vir a influenciar as próximas decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Já este mês, o BCE cortou a taxa de referência da zona euro para 0,5%, não fechando a porta a novas descidas. A principal preocupação da autoridade monetária é manter os preços controlados, com uma taxa de inflação próxima mas abaixo de 2%. Por isso, a queda na taxa abre espaço a que a política monetária continue expansionista e possa mesmo tornar-se mais agressiva.