EUA têm 200 milhões de potenciais clientes para calçado português

Fonte: http://static.zara.net/photos//2014/V/1/2/p/2067/302/100/2/w/1920/2067302100_2_4_1.jpg?timestamp=1395311895535

O diretor executivo da Associação dos Industriais de Calçado afirmou esta quarta-feira que o acordo comercial que está a ser negociado com os EUA é positivo para o setor, estimando que existam 200 milhões de potenciais clientes entre os norte-americanos.

João Maia, que esta quarta-feira foi ouvido na Assembleia da República no âmbito de um conjunto de audições sobre a Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento, destacou que este mercado representa um quarto dos potenciais clientes (com um rendimento superior a 30 mil dólares per capita) para esta indústria e pode tornar-se no primeiro mercado de exportação.

Atualmente, são os países europeus que absorvem a maior parte das exportações de calçado nacional, mas o dirigente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) salientou que o objetivo é procurar “mercados alternativos”.

João Maia destacou aos deputados da comissão de Economia e Obras Públicas a importância do acordo com os Estados Unidos (EUA), mas falou também do caso do Japão, país que a APICCAPS encara como possível segundo mercado de exportação, já que a Europa, onde se encontram “os clientes ricos”, é equiparada a mercado doméstico.

“Somos totalmente a favor do acordo, porque os EUA não têm indústria de calçado: ou fabricam para os militares, porque são obrigados a comprar, ou sapatilhas”.

Segundo o mesmo responsável, os EUA produzem “um décimo” do que a indústria portuguesa fabrica e “não têm um preço médio significativo”, enquanto o preço do calçado nacional para exportação ronda os 23 euros, sendo o segundo mais elevado a nível mundial e custando o triplo do calçado importado.


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