Líderes europeus limam arestas daquela que deverá ser a proposta final de compromisso sobre o novo quadro financeiro plurianual.
Líderes europeus limam arestas daquela que deverá ser a proposta final de compromisso sobre o novo quadro financeiro plurianual. O Conselho Europeu entrou na fase do «ou vai ou racha». Os líderes dos 27 retomaram há minutos as negociações, já com um novo documento em cima da mesa, com ligeiras alterações à proposta que saiu ao início da manhã. Depois de uma maratona de reuniões que já leva mais de 24 horas, esta é já a quarta proposta em cima da mesa de negociações, «desejavelmente a final», numa «fase em que já não há muita discussão», disse fonte diplomática. A mesma fonte disse estar confiante num acordo entre os chefes de Estado, mas deixou o aviso: «à medida que o tempo passa torna-se mais difícil». Esta nova proposta deverá trazer «condições mais favoráveis para Portugal» no desenvolvimento rural, que deverão ir ao encontro de um corte de mil milhões distribuição das verbas, atenuado por um envelope suplementar na ordem dos 500 milhões. Fonte diplomática avançou que Portugal deverá mesmo receber essa «tranche adicional sem contrapartida nacional», mas não confirmou o valor dos 500 milhões que constava da proposta apresentada ao início da manhã. A tranche adicional implica uma redução do bolo total do desenvolvimento rural a distribuir pelos vários países, mas não altera a chave de distribuição para Portugal – ou seja, a percentagem que o país recebe desse mesmo bolo. Além disso, Lisboa terá também conseguido uma maior flexibilização na execução das verbas do desenvolvimento rural. A mesma fonte disse ainda que os fundos de coesão não apresentaram grandes entraves. «A coesão tem-se apresentado bastante estável, a maioria das propostas são conhecidas desde novembro». A nova proposta mantém os limites máximos da versão da manhã, que reuniu o consenso dos líderes europeus: um limite na ordem 960 mil milhões de euros para os compromissos – propostas de investimentos a realizar durante a vigência do quadro financeiro, legalmente vinculativas – e de 908 mil milhões nos pagamentos – despesas efectivas do orçamento.