Orçamento inicialmente previsto foi encurtado em 10 milhões, mas presidente da ULS assegura que qualidade dos serviços está assegurada.
O equipamento do novo pavilhão do Hospital da Guarda, que deverá abrir em setembro, custará seis milhões de euros, um montante que representa uma redução de 9,8 milhões em relação ao inicialmente projetado. O primeiro concurso público para a aquisição do novo equipamento foi publicado na última sexta-feira, na véspera do 106º aniversário do Sanatório Sousa Martins assinalado pela Unidade Local de Saúde da Guarda com uma homenagem aos antigos diretores da unidade, bem como ao médico que lhe deu o nome. O presidente do Conselho de Administração da ULS adiantou ao jornal O INTERIOR que o equipamento necessário para as novas instalações terá um custo «aproximado» de seis milhões de euros, estando já a decorrer o primeiro concurso para aquisição de parte do material. Os restantes deveriam ser lançados ao longo desta semana. «Inicialmente, o valor chegou a ser de 15,8 milhões depois foi reduzido para 4,8 e, neste momento, o montante que temos são seis milhões», referiu Vasco Lino, segundo o qual o CA contou com o «apoio» da Administração Regional de Saúde do Centro na «revisão em alta do valor que tinha sido encolhido por força das circunstâncias que todos conhecemos». De resto, o responsável revelou que «foi tudo contrastado com os responsáveis dos diversos serviços hospitalares, no sentido de que não seja prejudicado o funcionamento da unidade com este encolhimento que houve em termos de valor disponível para investir». Vasco Lino garantiu que «a qualidade está assegurada», bem como o financiamento necessário, tendo o processo demorado mais tempo de forma a assegurar as fontes de financiamento. «O que nos atrasou um bocado foi passarmos dos 15,8 milhões iniciais para 4,8, mas depois entendeu-se que não seria suficiente e tivemos que aumentar um bocadinho o valor e foi essa negociação que tivemos que fazer e garantir que fosse assegurada essa cobertura financeira até aos seis milhões», declarou o administrador. Já a mudança para o novo bloco está projetada para «o final do verão» e o «primeiro passo» foi dado na noite da passada sexta-feira com a mudança do data center da ULS, numa alteração que ocorreu «sem sobressaltos». Em relação aos pavilhões centenários do antigo sanatório, que se encontram em avançado estado de degradação, Vasco Lino sustentou que «mais do que tudo, temos ideias e algumas delas penso, e espero, que possam concretizar-se ainda este ano». O presidente da ULS frisou, porém, que «não conseguimos fazer as coisas sozinhos e, ainda por cima, o momento económico que se vive é difícil e não tem as facilidades do passado». Assim, «mais do que nunca» será necessário recorrer a parcerias com outras instituições – como a Câmara da Guarda, o Instituto Politécnico, a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e a Guard’Ar – para «construirmos em conjunto o nosso futuro». O administrador realçou que «é nesse sentido que estamos a trabalhar» para «tentar que as ideias passem a projetos e que depois esses se concretizem», adiantando que «dentro de um mês poderemos ter mais alguma coisa a dizer juntamente com os nossos parceiros».
Diretores homenageados
As comemorações do 106º aniversário da abertura do antigo Sanatório Sousa Martins incluíram uma homenagem a todos os seus diretores, entre os quais Lopo de Carvalho, Amândio Paúl e Martins Queiroz, assim como uma visita guiada pelos pontos relevantes do Parque da Saúde, como a Fonte dos Amores e o busto do primeiro diretor do Sanatório, Lopo de Carvalho. Posteriormente, Hélder Sequeira falou sobre a “Marca Emblemática da Cidade da Saúde”.