Empresa nascida no IPG produz tecnologia para ajudar doentes sem mobilidade

Controlar uma cadeira de rodas apenas através do olhar é um dos projetos recentes da Magic Key, empresa nascida no Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Com um computador e uma câmara adaptada, o software permite a pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou paralisia cerebral controlar aparelhos como camas articuladas ou televisões. «Qualquer equipamento electrónico […]

Controlar uma cadeira de rodas apenas através do olhar é um dos projetos recentes da Magic Key, empresa nascida no Instituto Politécnico da Guarda (IPG).
Com um computador e uma câmara adaptada, o software permite a pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou paralisia cerebral controlar aparelhos como camas articuladas ou televisões. «Qualquer equipamento electrónico pode ser controlado pelo movimento dos olhos ou pela voz», diz Luís Figueiredo, engenheiro eletrotécnico professor no IPG, fundador do projeto e líder da Magic Key. Para quem mantém a capacidade de falar, os equipamentos podem ser acionados pela voz, através de frases predefinidas; para quem a perdeu, é possível transformar o olhar numa voz eletrónica. «Dar voz a uma criança é recompensa suficiente», diz Luís Figueiredo, que não tira salário da empresa, cumprindo assim o acordo com o IPG (sócio minoritário) de reinvestir os lucros. A cadeira de rodas controlada pelo olhar está em fase de protótipo, mas outros projetos estão na calha. Um permitirá a quem sofre de paralisia cerebral usar tablets, apesar dos movimentos involuntários causados pela doença. O sistema seleciona sucessivamente parcelas do ecrã e basta tocar em qualquer local para escolher a secção pretendida. Com alguns toques, é possível até escrever e navegar na Net. Como qualquer tecnologia, é um trabalho em progresso. Figueiredo está a trabalhar num sistema económico de localização para, por exemplo, pessoas com Alzheimer.

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