Distrital da Guarda do CDS-PP solidária com habitantes de Almeida

A Comissão Política Distrital da Guarda do CDS-PP mostrou-se hoje solidária com a população de Almeida, que luta contra o encerramento da agência local da Caixa Geral de Depósitos (CGD), e pediu a intervenção do primeiro-ministro.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a estrutura política distrital do CDS-PP presidida por Henrique Monteiro “repudia veementemente a intenção de o Governo encerrar a agência da CGD de Almeida que, como banco em que o único acionista é o Estado português, presta também um serviço público”.

No caso concreto da vila histórica de Almeida, localizada junto da fronteira com Espanha, o CDS-PP lembra que serve “uma população idosa, com dificuldades de mobilidade, numa região com deficiente ou inexistente serviço público de transportes, num concelho do interior do país”.

O CDS-PP aponta que o encerramento de agências da CGD no distrito da Guarda, “além de prejudicial para as populações já de si isoladas, contribuirá, de forma efetiva, para o agravamento das assimetrias regionais”.

No comunicado, o partido apela ao primeiro-ministro e ao Governo “para que intercedam”, junto da atual administração da CGD, “no sentido de impedir o encerramento do serviço público bancário que é prestado à população do concelho de Almeida”.

A Comissão Política Distrital do CDS-PP da Guarda lembra ainda que, no dia 15 de fevereiro, o partido questionou o ministro das Finanças, através do seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República, sobre as implicações do plano de reestruturação da CGD para o distrito da Guarda.

“Passados mais de dois meses e meio, o ministro da tutela primou por não responder aos deputados do CDS-PP, aliás, como é timbre deste Governo, quando estão em causa matérias sensíveis para as pessoas, como é agora o caso das pessoas do concelho de Almeida”, esclarece.

Os habitantes e os autarcas de Almeida estão a lutar pela manutenção do balcão da CGD na sede concelhia.

A CGD prevê encerrar 61 agências, sendo 18 na área da Grande Lisboa, 15 a norte, 15 a sul e nas regiões autónomas, e 13 na zona centro, segundo a lista revista divulgada em março.

No município de Almeida está definido o encerramento do balcão da sede concelhia e a continuidade da agência de Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros.

Habitantes e autarcas estão contra a decisão da administração da CGD e já realizaram três ações de protesto. A última aconteceu na terça-feira e consistiu na ocupação pacífica das instalações, entre as 14h30 e a meia-noite.

Para hoje, às 14h30, está agendada nova ação de protesto junto das instalações da agência de Vilar Formoso, onde as contas dos habitantes de Almeida estão agora domiciliadas, segundo fonte da autarquia.

Na terça-feira, o vice-presidente do município de Almeida, Alberto Morgado, pediu aos habitantes para se dirigirem àquela dependência “para saberem das suas contas” e propôs que permaneçam nas instalações “em protesto”.


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