A natação, o basquetebol, o ténis de mesa e o judo foram as modalidades disputadas nos Jogos, que, na quarta edição, bateram os recordes de participação.
Para Pedro Serra, diretor técnico da organização Special Olympics, esta é uma forma de incentivar a prática desportiva.
“Este evento representa a possibilidade de estes jovens terem atividade física e desportiva, muitas vezes negligenciada. Felizmente, na beira interior já começamos a ter muitas instituições associadas que valorizam esta componente tanto como nós”, realçou Pedro Serra.
O responsável dos Special Olympics sublinha os benefícios dos Jogos no desenvolvimento de outras capacidades.
“Nós não pensamos apenas na parte desportiva, mas também na parte social. Temos resultados de sucesso com jovens que têm dificuldades de comunicação, com diagnósticos como o autismo, que depois se revelam nestes momentos”, exemplificou.
Uma ideia reforçada por António Marques, presidente da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Covilhã, entidade organizadora, que destaca os ganhos não apenas do ponto de vista físico, “mas também na sua autoestima e personalidade”.
“Nos jovens com deficiência intelectual tem um impacto muito grande, como tem por exemplo a música. São atividades com impacto interessante e quase imediato”, salientou António Marques, acrescentando que, embora existam classificações, isso não é o mais importante neste tipo de evento desportivo.
João Neto, técnico de desporto, enfatiza o papel da atividade física como ferramenta para a inclusão, através da socialização com outras instituições.
Steven Sá, 25 anos, já participou nos Jogos Europeus, mas os dois dias na Covilhã dedicados ao desporto, confessa, tiraram-lhe o sono.
“Ter aqui tanta gente significa ter mais companhia nas atividades. Não dormi a pensar na prova seguinte, mas depois lá consegui apanhar o sono. Foi um dia cheio, gostei muito”, salientou o especialista em atletismo, mas que desta vez participou na natação, judo e basquetebol.