Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, o deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda interroga se “tem ou não conhecimento da situação de aparente rutura que se vive na ULS da Guarda” e se “sabe as razões concretas que originaram a demissão daqueles três coordenadores de serviços”.
Carlos Peixoto questiona ainda se a tutela tem ou não vindo a ser alertada “para as dificuldades com que se defrontam os profissionais de saúde no Hospital da Guarda e se lhe foi ou não reportada qualquer limitação ou condicionante na assistência aos utentes, cuja segurança estará a ser posta em causa”.
No documento, o social-democrata pretende também saber se o Ministério da Saúde “pensa ou não dotar a ULS da Guarda dos meios humanos, financeiros e de trabalho necessários à prestação de serviços de saúde condignos e confiáveis”.
Segundo o documento, a secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos “acaba de classificar a situação que se vive na ULS da Guarda como explosiva”.
“Esta tomada de posição surge após a demissão de três dirigentes daquela estrutura, mais concretamente dos coordenadores do bloco operatório, da cirurgia do ambulatório e da área cirúrgica”, acrescenta.
No texto, o deputado do PSD explica que “tais demissões foram formalizadas após a alegada denúncia de problemas dramáticos que a administração da ULS não terá sido capaz de resolver”.
“Segundo informações que foram veiculadas, esses problemas prendem-se, para além do mais, com falta de material cirúrgico, e, mais genericamente, com uma manifesta ausência de meios para que os profissionais possam exercer a sua atividade em condições de assegurar aos utentes a prestação dos cuidados de saúde que necessitam”, esclarece.
Para Carlos Peixoto, “poder-se-á estar a assistir a uma falência do sistema, a um colapso da ULS e a um abandalhamento da assistência aos doentes, o que a confirmar-se é de uma gravidade extrema e suscita uma enorme preocupação”.
“A responsabilidade desta aparente decadência tem sido atribuída ao Ministério da Saúde e ao Governo. Desde logo, pelas restrições financeiras e pelos cortes que tem infligido à ULS, deixando os serviços à míngua e impossibilitando um tratamento digno aos utentes”, remata.
Segundo o deputado, que também é presidente da distrital do PSD/Guarda, a tutela “tem desvalorizado os alertas que lhe têm sido reportados, mostrando uma incapacidade total para ser consequente e para resolver os problemas com que se depara a Administração da ULS” local.