Defesa da coesão do território juntou Turismo do Centro e Secretária de Estado da Valorização do Interior

Reunião em Castelo Branco demonstrou que as duas entidades defendem estratégia comum para o interior do país.

O Turismo Centro de Portugal e a nova Secretária de Estado da Valorização do Interior reuniram-se em Castelo Branco, na passada segunda-feira, num encontro em que ficou patente que as duas entidades perseguem um objetivo comum: a valorização dos territórios mais afastados dos centros de decisão, refere uma nota informativa do Turismo do Centro.

Na reunião, Pedro Machado e Jorge Loureiro, da direção do Turismo Centro de Portugal, apresentaram os contributos decisivos que o Turismo pode fornecer à estratégia da Secretária de Estado.

Pedro Machado recordou que o Turismo Centro de Portugal, em cooperação com as comunidades intermunicipais, tem assumido um papel privilegiado de promoção dos produtos e territórios do interior da região, tanto a nível nacional como internacional.

O presidente do Turismo Centro de Portugal sublinhou também o facto de a região estar em linha com as grandes tendências nacionais e internacionais de procura turística, destacando como exemplos práticos de produtos turísticos do interior a Estrada Nacional 2, os Caminhos de Santiago ou o Portuguese Trails – Cycling and Walking.

“A aptidão do Centro de Portugal pelo turismo ativo, pelo turismo da natureza, pela cultura física, pelo bem-estar, pela saúde, encaixa hoje na perceção cada vez maior dos consumidores que chegam a Portugal, por oposição àquilo que foi muitos anos a imagem do país: o turismo de sol e praia. E esta nossa região está na primeira linha para um reposicionamento do território”, disse. 

Pedro Machado acredita que o Interior “vai ser o luxo do século XXI”, pois “temos três coisas no interior que o país não tem no litoral, e muito menos nos grandes aglomerados urbanos: tempo, que é uma coisa fantástica; segurança; e silêncio, que vale ouro”.

Por sua vez, o Secretário de Estado, João Paulo Catarino, frisou que “temos de ter no interior do Centro de Portugal âncoras importantes a nível do turismo. É importante criar rotas para levar as pessoas ao interior”, alertando, no entanto, para a necessidade de haver retorno económico para quem lá vive: “as pessoas que vivem nestes territórios não podem ser só figurantes. O Turismo tem de deixar retorno económico e por isso é que tem de ser muito bem estruturado”.

No encontro, Pedro Machado recorda o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com a Extremadura, onde se procura “tirar partido de uma relação privilegiada com o nosso primeiro mercado emissor, que é Espanha. Portugal e Espanha são, em conjunto, o primeiro mercado internacional europeu, recebendo mais de 100 milhões de turistas estrangeiros por ano. Isto coloca-nos num patamar particularmente interessante do ponto de vista de uma relação ‘dois países, um destino turístico’”, explicou Pedro Machado.

O estreitamento de relações com a Extremadura está patente em quatro eixos de produto turístico de ação conjunta, nomeadamente o turismo patrimonial e cultural, o turismo gastronómico e de vinhos, o turismo de natureza e ativo e o turismo religioso, refere uma nota informativa.

Outro ponto da reunião foi a aposta do Turismo Centro de Portugal na captação dos grandes eventos desportivos, uma vez que “temos bons motivos para que este território tenha condições singulares nesta área”, destacou Pedro Machado.


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