Criada Declaração em prol da Sustentabilidade no Turismo

As Aldeias Históricas de Portugal e o Instituto de Turismo Responsável produziram um documento que defende a sustentabilidade em destinos turísticos não massificados.

Nos dias 15 e 16 de novembro de 2018, realizou-se na Sé Catedral da Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, uma cimeira intitulada “Cultural Sustainable Destinations without Borders”, que deu origem a um documento que defende a sustentabilidade em destinos turísticos não massificados, como é o caso da rede das Aldeias Históricas de Portugal.

Nesta Cimeira Internacional esteve presente a Secretária de Estado do Turismo, Ana Godinho, e o Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino e vários oradores de todo o mundo, que partilharam as suas considerações nos painéis da “International Summit: Cultural Sustainable Destinations without Borders”.

A partir das conclusões destes debates, a Associação de Desenvolvimento Turístico das Aldeias Históricas de Portugal, em conjunto com o Instituto de Turismo Responsável, preparou uma “Declaração sobre Destinos Culturais Sustentáveis Sem Fronteiras”, um documento que visa sensibilizar e unir as mais diversas entidades ligadas ao turismo para a importância da sustentabilidade.

Segundo os promotores, esta Declaração vem lembrar, por exemplo, que “a sustentabilidade no turismo não é uma opção ou atributo de uma determinada marca, mas sim o alicerce incontestável e central de estratégias de desenvolvimentos sustentáveis de destinos alternativos”, e que, por isso, “a atividade turística nestes destinos deve atuar como um aliado na conservação das suas paisagens naturais e como garantia da preservação do património cultural tangível e intangível e da sua autenticidade, reconhecendo-os como valores turísticos essenciais”. 

A Declaração defende, também, que os destinos culturais não massificados são lugares onde o turismo deve tornar-se “um vetor para capacitar as comunidades locais, reforçando o orgulho de pertencer à região e aos valores, e não uma indústria padronizada e exógena para o destino”, respeitando assim a cultura e as tradições das gentes locais.

Por isso, o documento ainda, que os destinos culturais não massificados oferecem experiências únicas, graças à autenticidade. Assim, comprova-se a necessidade da preservação do património cultural, natural e imaterial, para que estes destinos conservem, sempre, a essência que os distingue e que os torna, em termos turísticos, tão interessantes e atrativos, indica uma nota informativa da organização.

A Declaração recomenda ainda a necessidade de garantir o envolvimento das comunidades locais – as suas identidades, modos de vida e crenças – na gestão do turismo em destinos alternativos de forma sustentável, responsável e inclusiva, de modo a que os destinos alternativos não se destinem a um processo de gentrificação que coloque em risco a identidade do local e os interesses da comunidade. 

A informação sobre a cimeira “International Summit: Cultural Sustainable Destinations without Borders”, que aconteceu na Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, e a Declaração podem ser consultadas AQUI. 


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