A procura de emprego no Reino Unido baixou em janeiro acima do previsto, ao mesmo tempo que se registou um aumento da criação de emprego.
O Gabinete Nacional de Estatísticas do país revelou hoje que a procura de emprego desceu cerca de 12,5% em janeiro – para 1,54 milhões de pedidos – ao mesmo tempo que, no último trimestre de dezembro, o desemprego caiu para os 2,5 milhões de desempregados – menos 14 mil que no trimestre anterior. Ao mesmo tempo, foram criados cerca de 154 mil empregos, o melhor resultado desde meados de 2012. Os números hoje tornados públicos vão servir de balão de oxigénio ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que se encontra a braços com uma forte contestação interna relativa à sua política de endurecimento do controlo do défice do Estado. A oposição tem vindo a afirmar que o primado político da diminuição da despesa em contraposição a uma posição mais expansionista está a colocar em causa o reaquecimento da economia. Mas os números do desemprego vêm fornecer aos conservadores algum alívio nas críticas. Resta saber de que forma pesarão estes números no que diz respeito ao confronto entre euro-cépticos e pró-europeus britânicos – matéria política que está na ordem do dia no Reino Unido.