O crescimento da economia chinesa, a segunda maior do mundo, abrandou para 7,7 % no primeiro trimestre do ano.
O resultado hoje anunciado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, considerado aquém das espectativas, superou a meta de «cerca de 7,5 %» preconizada pelo governo chinês, mas ficou 0,2 pontos percentuais abaixo dos 7,9 % registados no trimestre anterior. «A China manteve um firme crescimento apesar da complexa situação económica interna e externa», disse um porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas do país. Numa sondagem feita pela agência France Press junto de doze economistas, a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto chinês no primeiro trimestre deste ano rondava os 8 %. As vendas a retalho, um dos principais indicadores do consumo interno, cresceram 12,4 % e a produção industrial 9,5 %, valores que representam, respectivamente, um abrandamento de 2,4 e 2,1 pontos percentuais em relação a igual período de 2012, anunciou também o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Mas o investimento em activos fixos, um indicador das despesas do governo em infraestruturas, manteve o mesmo crescimento (20,9 %). O aumento maior (24,2 %) foi nas regiões ocidentais, as mais pobres do país, indicou a mesma fonte. A China tornou-se em 2010 a segunda maior economia do mundo, ultrapassando o Japão, mas o governo pretende agora «mudar o modelo de desenvolvimento» e «insistir mais na qualidade do crescimento do que na quantidade». O crescimento da economia chinesa em 2012 (7,8 %) foi o mais baixo em 13 anos e ficou cerca de dois pontos percentuais aquém da média anual registada ao longo das últimas três décadas. Para 2013, o Fundo Monetário Internacional prevê que a economia chinesa cresça 8,2 %, mais de o dobro da média mundial, estimada em 3,5 %.