Covid-19: Sindicato exige contratos definitivos para enfermeiros precários da Guarda

A direção regional da Beira Alta do SEP defendeu, em comunicado, a “vinculação de todos os enfermeiros precários”, alegando que “são dezenas na ULS Guarda”:

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu ontem a contratação dos enfermeiros precários que prestam serviço na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda e equipamentos de proteção individual “em quantidade e qualidade” para todos os serviços.


A direção regional da Beira Alta do SEP defendeu, em comunicado, a “vinculação de todos os enfermeiros precários”, alegando que “são dezenas na ULS Guarda, alguns dos quais com vínculo de subcontratação pela Randstad e que ganham menos 180 euros”.


O dirigente sindical Honorato Robalo disse à agência Lusa que naquela unidade de saúde, “além dos 11 enfermeiros” que foram contratados para dar resposta à pandemia da covid-19, existem “mais três dezenas” de profissionais com vínculos precários.


O SEP também pede o “reforço das dotações” dos enfermeiros pelos serviços e o “cumprimento escrupuloso do regulamento de horários de trabalho, com a jornada de trabalho diário de oito horas e não de 12 horas e com a integração da passagem de turno conforme o regulamento de horários de meia hora”.


Em relação aos meios para combate à doença da covid-19, o SEP apela à “existência de equipamentos de proteção individual em quantidade e qualidade para todos e não apenas circunscritos aos serviços covid onde, mesmo aí, existem falhas”.


“No âmbito de uma eventual segunda fase da pandemia, é importante termos um plano de promoção da saúde, com equipamentos de proteção individual em quantidade e qualidade para todos”, sugere o sindicalista Honorato Robalo.


O SEP exige ainda, entre outras reivindicações, o descongelamento das progressões dos enfermeiros.


Segundo a nota, “há na ULS da Guarda centenas de enfermeiros que aguardam pela progressão” na carreira e “cerca de duas dezenas que não integraram a categoria” de enfermeiros especialistas “no momento da transição para a nova carreira”.


Contactada pela Lusa, a enfermeira diretora da ULS da Guarda, Nélia Faria, referiu que os aspetos abordados pelo SEP no comunicado “são assuntos da ‘tutela superior'”, pelo que “não tecerá comentários”.


A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões), gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e duas unidades de saúde familiar (A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a “Mimar Mêda”, na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.


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