Covid-19: Reforço do serviço público de saúde “ficará para o futuro” - Governo

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, considerou hoje que o reforço feito pelo Governo na estrutura do serviço público de saúde no combate à pandemia causada pela covid-19 “ficará para o futuro”.

“E aquilo que nos parece uma reforma conjuntural, porque surgiu em função de uma necessidade imperiosa que foi a pandemia, poderá ser muito bem uma grande reforma estrutural do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou António Lacerda Sales, na Guarda, na cerimónia de entrega de 15 unidades móveis de saúde aos municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE).

A CIM-BSE entregou hoje as chaves das viaturas aos presidentes dos municípios, de forma simbólica, no decorrer de uma cerimónia realizada no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda.

Na sua intervenção, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, disse que o esforço feito pelo Governo, ao nível do SNS, para combater a pandemia, “ficará para o futuro”

“Os profissionais de saúde que serão necessários, a nossa rede de expansão laboratorial, onde investimos mais de 8,4 milhões de euros pela expansão da rede de laboratórios públicos, a nossa capacidade de digitalização e de tecnologia digital, o nosso reforço na estrutura de saúde pública, tudo isto ficará para o futuro”, assumiu.

Segundo o governante, “muito do que é, do que parece, uma reforma conjuntural, e foi uma reforma em função de uma conjuntura, poderá, com certeza, ser uma reforma estrutural”.

“O que teria sido desta pandemia, se não fosse a capacitação do SNS?”, questionou.

Entre outros exemplos, lembrou que em 2020 o Governo reforçou o SNS em mais de 8.400 profissionais, as unidades de cuidados intensivos e a capacidade das enfermarias (que têm hoje mais de 19 mil camas).

No seu discurso, António Lacerda Sales, também referiu que os autarcas da CIM-BSE, com o projeto das unidades móveis de saúde, que pretendem “contribuir para o reforço da rede de infraestruturas de saúde, nomeadamente na prestação de cuidados de saúde domiciliários primários, cuidados paliativos e doença mental”, estão a dar um “inestimável” contributo ao país.

No final da sessão, questionado sobre o processo de vacinação, disse que em termos globais “está a decorrer bem” e o que não tem corrido bem “fica para fiscalização”.

“Temos mais de 900 mil pessoas vacinadas, cerca de 600 mil, talvez um pouco mais, com primeiras doses e cerca de 250 a 300 mil com duas doses já efetuadas. Estamos acima da média europeia com 9,2 doses por 100 pessoas, sendo a média europeia de 7,6 doses por 100 pessoas”, referiu.

A cerimónia também contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo (enquanto coordenador regional de combate ao coronavírus na zona Centro).

Ana Abrunhosa referiu que a entrega das unidades móveis de saúde aos 15 municípios da área da CIM-BSE “é um exemplo de coesão” e as viaturas “são uma boa solução” para prestar serviços à comunidade.

Já João Paulo Rebelo considerou que são “mais um reforço” na ligação dos serviços de saúde aos cidadãos e lembrou que no combate à pandemia, os autarcas têm sido “inexcedíveis” desde a primeira hora.

Com a atribuição das 15 unidades móveis de saúde, a CIM-BSE, presidida por Luís Tadeu, pretende permitir “um melhor acesso aos cuidados de saúde”.

As viaturas também podem ser utilizadas em ações educativas relacionadas, por exemplo, com a prevenção de doenças cardiovasculares ou diabetes, segundo o autarca.

A aquisição das unidades foi feita no âmbito de uma candidatura financiada pelo Programa Operacional CENTRO 2020, com um investimento total 612.079 euros (comparticipados em 85% pelo FEDER).


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