A Comissão Política Concelhia da Guarda do PS considerou que as comemorações do 25 de Abril locais devem incluir a realização de um ato solene, embora limitado nas participações, e transmitido ‘online’.
O líder da concelhia do PS da Guarda, António Monteirinho, defende em comunicado divulgado que o ato solene comemorativo da ‘Revolução dos Cravos’ “deveria ser realizado na Sala Almeida Santos”, no edifício dos Paços do Concelho, e contando, “somente, com a participação da presidente da Assembleia Municipal, do presidente da Câmara Municipal, um representante dos vereadores sem pelouro e um representante de cada uma das bancadas parlamentares da Assembleia Municipal, sendo transmitido em direto através das plataformas digitais”.
A Câmara Municipal da Guarda anunciou que devido às contingências provocadas pela pandemia da covid-19 “centraliza as comemorações do 25 de Abril nas plataformas ‘online'” e que o programa previsto inclui, entre outros momentos, pelas 11:00 de sábado, uma sessão solene comemorativa do 46.º Aniversário do 25 de Abril, que será apresentada num vídeo no Facebook do município, com as intervenções pré-gravadas do presidente da Câmara Municipal, Carlos Chaves Monteiro (PSD), da presidente da Assembleia Municipal, Cidália Valbom (PSD), e dos líderes políticos com assento na Assembleia Municipal (PSD, PS, CDS, BE e PCP).
A concelhia local do PS refere em comunicado que, estando ciente dos cuidados que se devem ter no atual momento de pandemia, o ato solene e de celebração do 25 de Abril “não pode ficar por um mero programa ‘online’, pois os órgãos democráticos continuam a funcionar”.
“Embora declarado o Estado de Emergência, o Estado de Direito e a Democracia não ficaram suspensos. Os portugueses, no dia 25 de Abril de 1974, saíram à rua para estabelecer a liberdade após anos de ditadura. Por isso, compreendemos que o 25 de Abril seja celebrado com distanciamento necessário para garantir segurança, defendendo sempre os valores de Abril”, justifica o líder socialista da Guarda, António Monteirinho.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.