Consumidores sem limite de mudanças de fornecedor de gás natural

À semelhança do que acontece no setor eléctrico, os consumidores passam a poder mudar de fornecedor de gás quando entenderem, deixando de existir o número limite de quatro mudanças por ano.

Os consumidores vão poder trocar de fornecedor de gás natural as vezes que quiserem, um processo que tem de ser concretizado no prazo máximo de três semanas, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“Esta alteração permite, através da respectiva coordenação de datas pelo fornecedor, proceder à mudança de comercializador numa mesma data para a eletricidade e para o gás natural”, refere a ERSE, sublinhando que existe um prazo máximo de três semanas para a concretização deste processo e que os consumidores podem designar uma data preferencial para a mudança.

Em comunicado, o regulador do mercado energético explica que esta revisão dos procedimentos de mudança de comercializador no gás natural pretende “melhor adequar à atual fase do mercado e, em muitos casos, harmonizá-los com os do setor elétrico”, que foram atualizados em 2012.

As novas regras, que foram objeto de consulta aos comercializadores e aos operadores de rede, reforçam ainda as obrigações de informação e de auditoria ao funcionamento da plataforma de mudança de comercializador, de modo a torná-la mais transparente e segura.

Os procedimentos atualmente em vigor foram definidos em 2009, sem ter sofrido qualquer alteração.

As famílias portuguesas têm, segundo a ERSE, um mercado liberalizado com quatro comercializadores de gás natural, a que correspondem 27 ofertas distintas. A EDP tem conquistado cada vez mais clientes no mercado liberalizado de gás natural, mas é a Galp que continua a ser líder neste mercado, ao abastecer quase dois terços do consumo, com novos fornecedores a ganharem terreno.

No primeiro trimestre, a EDP reforçou a liderança em número de clientes, com 46% de quota em março, mas perdeu terreno nos consumos, abastecendo 10,6% do total, o que coloca a elétrica liderada por António Mexia em terceiro lugar (depois da Galp e da Gás Natural Fenosa) em consumo abastecido. Já a Galp continuou a ser líder ao abastecer 65% do consumo de gás natural em regime liberalizado, apesar de uma quebra de 5,5 pontos percentuais, e continuou a reduzir a sua quota em número de clientes (com 27%), segundo o relatório trimestral da ERSE


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