Cisco quer avançar com mais investimentos em Portugal

O presidente da empresa já tinha avançado com a intenção de voltar a investir no mercado nacional. O responsável para Portugal revela que a operação é “eficiente”.

Foi em 2008 que foi inaugurado o centro de operações de suporte de vendas para toda Europa e, passado este tempo, a aposta revela-se ganha para Cisco, que tenciona fazer novos investimentos no País, sem adiantar para já quais são.

Em entrevista ao programa Grandes Negócios do ETV, diretor-geral, Nuno Ferraz de Carvalho, confirma o que já tinha sido dito pelo presidente da multinacional e revela que, na altura, Portugal foi escolhido “porque somos mais eficientes e temos um grande retorno.”

Nuno Ferraz de Carvalho explica que isto se deve ao facto de Portugal ser “um bom país para viver”, já que as pessoas que chegam para trabalhar gostam de Portugal e acabam por ficar, o que se traduz em pouca rotação de trabalhadores – em Portugal a média está entre 3% e 5% enquanto na Índia ronda os 50% – e consequentemente menos custos para a empresa.

Além deste novo investimento, a Cisco Portugal tem ainda outros objetivos para este ano. Nuno Ferraz de Carvalho adiante que a empresa “quer ser líder nas áreas de data center, móvel e vídeo”, já que estas são as áreas onde vão continuar a apostar e onde vão ter também “mais protagonismo”.

Crise levou ao reforço da eficiência

A crise trouxe uma queda incontornável nas vendas da Cisco. Ainda assim, durante estes anos, a empresa conseguiu crescer em alguns segmentos no país e procurou também tornar-se mais eficiente.

Nuno Ferraz de Carvalho explica que, com as dificuldades que bateram à porta do País, “tivemos de nos tornar mais eficientes”, já que havia áreas em que a empresa não estava a crescer e outras onde havia um grande potencial de desenvolvimento. Foi isto mesmo que a empresa resolveu explorar, voltando-se para, por exemplo, áreas como o vídeo ou o móvel, movendo recursos das áreas que cresciam menos para aquelas com mais potencial.

O diretor-geral da empresa avança que a “nível global houve um decréscimo nas vendas nos últimos quatro trimestres, de acordo com o mercado”, mas também revela que o importante não é só as vendas e também “a eficiência, ou seja, o resultado líquido que com vendas menores conseguimos produzir”, e foi aqui, de acordo com Nuno Ferraz de Carvalho, que foi feito um trabalho eficiente, sendo que em algumas zonas do mundo houve uma redução de recursos. Em Portugal, o responsável avança que a Cisco conseguiu aumentar “a fatia de mercado” em muitas áreas, uma vez que “as empresas portuguesas têm investido em tecnologia”, apesar da crise.


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