Cidades perdem bancos e interior fica sem serviços

Nos grandes centros urbanos, as agências bancárias diminuem. Em três anos fecharam mais de 550.

Nos meios mais pequenos e do Interior, os encerramentos são mais preocupantes para populações – são os serviços públicos, como escolas, tribunais e finanças, que desaparecem.

Enquanto a banca abandona os grandes centros urbanos, os serviços públicos fecham no interior do País, deixando-o ainda mais deserto. Lisboa e Porto são os distritos que perderam mais agências bancárias nos últimos três anos. Já Viseu é o mais afetado pelo fecho de escolas do primeiro ciclo e, com Vila Real e Bragança, lidera a lista dos distritos do País mais afetados pelo encerramento de tribunais.

No final do primeiro semestre de 2013 existiam em Portugal 5688 sucursais de instituições financeiras, menos 552 do que em 2010. Naturalmente, Lisboa e Porto são as duas zonas do País onde existe o maior número de agências e consequentemente também aquelas onde encerraram mais balcões. De acordo com os dados da Associação Portuguesa Bancária (APB), em termos absolutos, o distrito de Lisboa assistiu ao encerramento de 226 dependências bancárias nos últimos três anos, enquanto o Porto perdeu 92. Destacaram-se ainda Faro, Setúbal, Braga e Aveiro. Em termos relativos, o Funchal apresenta aproximadamente as mesmas perdas do que Lisboa (cerca de 15%).


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