Cidade da Guarda vai receber Arquivo Geral da Administração Central

“A ideia é concentrarmos aqui [na Guarda] todos os arquivos, mas fazê-lo gradualmente e de forma digital”, disse aos jornalistas a ministra Ana Abrunhosa.

A cidade da Guarda vai receber o Arquivo Geral da Administração Central e o Centro de Transferência de Suportes que, na fase de arranque, deverá criar um número mínimo de 40 postos de trabalho.

O projeto foi ontem abordado numa reunião realizada na Câmara Municipal da cidade mais alta do país com a participação da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, da ministra da Cultura, Graça Fonseca (via ‘online’), da secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, e do presidente da autarquia, Sérgio Costa.

“A ideia é concentrarmos aqui [na Guarda] todos os arquivos, mas fazê-lo gradualmente e de forma digital”, disse aos jornalistas a ministra Ana Abrunhosa.

De acordo com a governante, decorreu ontem a primeira reunião de trabalho com o novo presidente do município, onde foi feito o ponto de situação do projeto.

“Estivemos a ver os vários cenários. Todos eles envolvem a criação de postos de trabalho ainda significativos”, referiu.

Segundo Ana Abrunhosa, a intenção do Governo é que se trate de um projeto “que se vai fazendo gradualmente”, por fases, e que envolverá um investimento que rondará os quatro milhões de euros.

“Estivemos a ver as várias fases, como também as possibilidades de financiamento” para a recuperação do edifício e para a infraestrutura tecnológica.

O edifício que vai albergar o futuro Arquivo Geral da Administração Central e o Centro de Transferência de Suportes tem que ser “muito seguro, quer em termos de infraestrutura física, quer em termos tecnológicos”, esclareceu.

O projeto será instalado num edifício a identificar pelo presidente da autarquia da Guarda e será candidatado ao próximo quadro comunitário europeu.

“Queremos que seja um centro de excelência. A ideia é ir trazendo em papel [para a Guarda] e ir eliminando os documentos que a lei permite e digitalizar tudo”, rematou a ministra.

O presidente da autarquia, Sérgio Costa, referiu que “há várias possibilidades em cima da mesa” para instalação do projeto, como o antigo edifício das piscinas municipais ou o edifício localizado junto do arquivo distrital.

“Mas, mais importante do que o espaço, é que venha o projeto, é que venham os postos de trabalho. Comecemos a trabalhar para que possamos continuar a ter esperança na presença do nosso território”, afirmou.

Na sua opinião, o projeto governamental “é mais uma aposta” para o futuro do concelho da Guarda.

“É importante iniciarmos o mais rapidamente possível este projeto. É necessário estabilizar a solução, estabilizar o local, fazer os projetos de execução, fazer as candidaturas, fazer as obras e aqui termos, os tais, no mínimo, 40 postos de trabalho, de pessoas qualificadas, dando vida ao nosso centro da cidade”, sublinhou.

Após a reunião de trabalho com as tutelas governamentais envolvidas serão feitas visitas aos locais para “estabilizar” a solução da localização do futuro espaço, disse.

Na deslocação à Guarda, a ministra Ana Abrunhosa, acompanhada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, também participou na sessão de lançamento da Pós-Graduação em Logística, no Instituto Politécnico local, e visitou o “Espaço de Cowork da +Alta”, no edifício da Associação Empresarial NERGA.


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