Cento e vinte toneladas de açúcar distribuídas a apicultores

O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, disse hoje que começaram a ser distribuídas cerca de 120 toneladas de açúcar para alimentar as abelhas dos apicultores que viram as suas explorações afetadas pelos incêndios.

“Foram definidas quatro plataformas – Mangualde, Mirandela, Castelo Branco e Batalha – e começámos hoje a distribuir 120 toneladas de açúcar. Isto envolve cerca de 28 organizações de produtores de mel”, informou.

No final de uma visita à Cooperativa Agrícola e Apícola das Beiras, no concelho de Mangualde, local onde ficou sediada uma das quatro plataformas de distribuição de alimentação para as abelhas, Luís Medeiros Vieira sublinhou que este açúcar é um suplemento alimentar, que será misturado com água e colocado num recipiente, perto das colmeias.

Esta foi a forma encontrada para continuar a alimentar um universo de 140 mil colmeias, de centenas de apicultores, depois de a flora ter ficado destruída com os incêndios de 15 de outubro.

Esta operação de distribuição de alimentação para as abelhas – que conta com a participação da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal – arrancou hoje de manhã e deverá prolongar-se nos próximos dias.

“Hoje, começaram a ser entregues as primeiras 120 mil toneladas de açúcar e na próxima semana faremos uma avaliação a esta primeira distribuição. Em função das necessidades, continuaremos a dar este apoio aos nossos apicultores”, referiu.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação aludiu ainda a uma linha de crédito disponibilizada pelo Governo, no valor de cinco milhões de euros, que se destinada a apoiar a alimentação animal.

A esta linha de crédito poderão recorrer os agricultores cujas explorações se situem nos concelhos afetados pelos incêndios, incluindo os apicultores.

“Tem a duração de dois anos e um ano de carência”, acrescentou.

Servindo-se do exemplo dos apicultores, Luís Medeiros Vieira informou que os que queiram reiniciar ou dar continuidade à sua atividade contarão com um apoio a 100% até ao valor de cinco mil euros, para reposição do capital produtivo.

“Entre os cinco mil e os 50 mil, é 85% a fundo perdido. Acima de 50 mil euros e até os 400 mil euros, é 50% a fundo perdido”, concluiu.


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