A Câmara de Celorico da Beira anunciou hoje que vai construir 12 Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em freguesias rurais, com o apoio do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).
“Temos neste momento algumas ETAR aprovadas num conjunto de aldeias e temos outras também num processo de candidatura, porque o nosso objetivo é precisamente cobrir todo o concelho e dotá-lo de infraestruturas que sejam dignas, sejam eficientes”, disse hoje à agência Lusa o presidente do município de Celorico da Beira, Carlos Ascensão.
Segundo o autarca, o processo de candidatura de novos equipamentos vai ter continuidade, mas está já “em plena laboração”, com a concretização de um conjunto de ETAR que estão aprovadas.
Meia dúzia de obras estão já “em plena laboração e em fase de conclusão” e a outra meia dúzia “em fase de iniciação” dos trabalhos no terreno, referiu.
Carlos Ascensão adiantou que as primeiras seis ETAR que foram adjudicadas situam-se nas localidades de Açores e Aldeia Rica (União de Freguesias de Açores e Velosa), na Freguesia de Baraçal, em Salgueirais (União de Freguesias de Cortiçô da Serra, Vide-Entre-Vinhas e Salgueirais) e na Freguesia de Maçal do Chão.
A execução das obras, com o apoio de fundos comunitários, é valorizada pelo autarca de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, por considerar que as atuais fossas séticas existentes nas freguesias rurais do concelho estão ultrapassadas e obsoletas.
A construção destas infraestruturas visa aumentar a salubridade, reduzindo a poluição urbana nas massas de águas circundantes, nomeadamente no rio Mondego, dotando simultaneamente a população das localidades abrangidas de melhores serviços de saneamento de águas residuais, segundo informação disponibilizada pela autarquia.
A fonte considera ainda que a substituição das atuais fossas séticas, “ineficientes no tratamento das águas residuais e nocivas para a população e o meio ambiente devido à produção de gases e odores desagradáveis”, por ETAR compactas, mais eficazes e eficientes no tratamento dos efluentes, “insere-se na estratégia de promoção de políticas ambientalistas, há muito encetadas pelo município [de Celorico da Beira], com vista à melhoria das condições de vida das populações e do meio ambiente”.
Os projetos de construção das ETAR, que representam um investimento global de “umas centenas de milhares de euros”, segundo Carlos Ascensão, são cofinanciados pelo POSEUR em 85% e os restantes 15% são assumidos pela Câmara Municipal de Celorico da Beira.
“Sem esses dinheiros comunitários seria de todo impossível levar a bom porto estas candidaturas e estas obras”, disse o autarca.