No espetáculo, com estreia mundial agendada para as 21h30, para o grande auditório do TMG, Fátima Miranda é acompanhada pelo sanfonista Marc Egea, considerado um músico “versátil e multi-instrumentista”.
Segundo a artista, que se apresenta pela terceira vez na Guarda e faz a segunda estreia de um espetáculo no TMG, o público vai ter oportunidade de assistir a “um grande concerto”, no qual utilizará várias técnicas vocais.
O concerto “é para todos os públicos e não está circunscrito a um público de elite”, referiu à agência Lusa, indicando que pode ser desfrutado por “um público amplo e curioso”.
A espanhola decidiu fazer a estreia mundial do seu novo espetáculo na cidade da Guarda, no interior de Portugal, por considerar que o espaço onde vai atuar, o TMG, “é um privilégio” pela lotação que tem, pelas condições que oferece e pela estrutura de pessoal que possui.
“Eu propus [a Guarda] em 2011, com a estreia do espetáculo ‘PerVersiones’ e, agora, propus outra vez. Quando estávamos a preparar ‘aCuerdas’, o TMG pareceu-nos uma situação ideal”, justificou Fátima Miranda.
A cantora lembrou que esteve pela primeira vez em Portugal, em Lisboa, durante a Expo 98, e que o país sempre a tratou bem.
“É um país onde me sinto muito querida pelo público. Como a minha obra tem uma convivência entre o sagrado e o profano e os portugueses têm uma educação cristã, o público aprecia”, justificou.
Fátima Miranda vai apresentar “aCuerdas” em Madrid, nos dias 28 e 29 de novembro, mas dada a proximidade da cidade da Guarda com Espanha espera ter espetadores daquele país na assistência do concerto de sábado.
“Temos um público de uma fidelidade tremenda em Espanha. Sei que vão vir uns quantos, não sei precisar. Sei que vai vir gente de Salamanca”, disse.
O concerto “aCuerdas”, com cerca de 80 minutos de duração, inclui a interpretação dos temas Whale Blues, FarganAzerí, Soy Somos SON, Bolero de Algodre, GuimbarDOS, Japonépica, RecordaOratorio e A Cuerdas.
A produção que estreia no TMG é apoiada pelo Governo de Espanha através da Acción Cultural Española e do Instituto Nacional de las Artes Escénicas y de la Música.
Fátima Miranda é “uma conceituada artista da voz e uma investigadora na mesma área”, segundo o TMG, indicando que “explora a sua voz não só como fonte sonora do canto e da fala, mas também como instrumento ao serviço de uma linguagem musical própria”.
A cantora, que nasceu em Salamanca e vive em Madrid, realiza um trabalho na área da investigação da voz e da música vocal e tradicional desde 1983.
O seu trabalho a solo tem percorrido salas e festivais de todo o mundo, tanto em circuitos de música contemporânea como de teatro, performance, videoarte e poesia fonética.
