No final da sessão, na sala António de Almeida Santos, nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), referiu à agência Lusa que o pagamento foi efetuado com fundos do plano de saneamento financeiro da autarquia, no valor de 10,878 milhões de euros, que foi aprovado no mês de fevereiro pelo Tribunal de Contas (TdC).
O pagamento global feito “é de elementar justiça” e “é muito importante para a economia” local, segundo Álvaro Amaro.
“É muito importante, julgo eu, para além de estarmos a pagar a quem devemos, haver esta injeção financeira para as instituições e para as empresas e é essa a nossa preocupação”, afirmou.
O presidente da Câmara da Guarda referiu que continua a negociação “com outros credores de alguma dimensão” e que reduziu o prazo médio de pagamento aos fornecedores do município de 370 para 180 dias.
Com recurso ao plano de saneamento financeiro aprovado pelo TdC, a autarquia liderada por Álvaro Amaro também já pagou cerca de quatro milhões de euros ao Estado, relacionados com diferentes compromissos assumidos, incluindo o Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas (PRED).
O plano de saneamento financeiro, que vai vigorar durante 14 anos, envolveu a contratação de dois empréstimos bancários, um com a Caixa de Crédito Agrícola, no valor de 4,8 milhões de euros, e outro de seis milhões, junto do banco BPI.
A Câmara da Guarda herdou uma dívida financeira do anterior executivo socialista no valor de 91 milhões de euros.