“Os serviços da Câmara Municipal do Sabugal estão a constituir uma equipa de trabalho para contabilizar os prejuízos causados pelo incêndio e para responder àquilo que for da sua competência, a situações relacionadas com criadores de gado e para responder a uma ou outra situação mais social”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, António Robalo.
O autarca assegura que o município, tal como já aconteceu em 2009, “está disponível para dar todo o apoio aos criadores de gado” que ficaram sem alimento para os animais.
António Robalo adiantou que a autarquia também irá reunir com as juntas de freguesia das várias localidades afetadas pelo incêndio (Sortelha, Águas Belas, Quarta-Feira, Penalobo, Espinhal e Sobreira, entre outras) para “fazer o apuramento das situações mais emergentes”.
Os técnicos da autarquia irão igualmente proceder ao levantamento de problemas registados em equipamentos públicos daquele concelho do distrito da Guarda.
“Não há televisão, internet, nem telefone, em algumas localidades do concelho”, incluindo em povoações que não foram atingidas pelas chamas, observou hoje pelas 11 horas, salientando tratar-se de um problema que “ainda está para ser resolvido”.
Ainda de acordo com o autarca, o fogo que começou na madrugada de sábado e foi dado como dominado às 10:30 de domingo, destruiu uma área “muito extensa” que ainda não está calculada.
As chamas estiveram perto das casas mas não atingiram habitações, tendo destruído mato e floresta, áreas de cultivo, pastagens para os animais e alguns anexos agrícolas.
Este incêndio foi, contudo, responsável pela morte de uma pessoa, na aldeia de Sobreira, uma das sete povoações que estiveram ameaçadas pelas chamas.
“Há a lamentar a morte de um senhor com cerca de 70 anos que estava no meio de um canavial e não conseguiu sair a tempo”, disse no sábado à agência Lusa Vítor Proença, vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal do Sabugal.