A nova orquestra, constituída por cerca de 70 jovens músicos de vários pontos do país e do estrangeiro, com idades entre os 15 e os 26 anos, fará o primeiro concerto na quarta-feira, pelas 21h30, no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda.
“É claramente um momento de grande afirmação na nossa política cultural. É, como vimos, um projeto de grande qualidade artística e técnica, com a garantia efetiva de que estamos a projetar a partir da Guarda uma grande orquestra jovem académica filarmónica”, disse aos jornalistas o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Guarda, Victor Amaral, na segunda-feira, no final de um ensaio da OaFP.
Segundo o autarca, o projeto enquadra-se na estratégia da autarquia de “consolidação de uma política cultural abrangente, a uma escala nacional, ibérica e internacional”.
A criação da orquestra também se insere no projeto de candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027.
O diretor artístico da OaFP, Osvaldo Ferreira, vaticina que o trabalho final será de qualidade, pois o nível das audições já “deixava adivinhar que o trabalho iria ser muito bom”.
“Aqui, não há aquela imprevisibilidade do resultado, como num jogo de futebol, em que, às vezes, o primeiro pode perder com o último. Não é isso. Aqui, trata-se de jovens que já vêm bem preparados das suas escolas, dos seus Conservatórios, das Escolas Superiores de Música e que, no fundo, vêm fazer uma partilha de conhecimento, uma partilha de experiências com o maestro que é alguém que é muito experiente também”, afirmou.
O concerto da estreia da nova orquestra será dirigido pelo maestro alemão Tobias Gossmann e nele serão interpretadas as obras “In Memoriam”, da compositora Ana Ataíde Magalhães, concerto para violoncelo e orquestra op. 85, de Edward Elgar, e Sinfonia n.° 2 em Ré Maior. op 73, de Johannes Brahms.
Os músicos que integram o projeto foram selecionados entre cerca de 300 candidatos que participaram em audições livres realizadas em Lisboa, no Porto e na Guarda.
Ana Margarida Lamelas, natural da Guarda, que estuda no ensino superior no Reino Unido, não esconde o orgulho por ter sido selecionada para a OaFP.
“Saí para ter mais oportunidades e, agora, trazer as oportunidades para aqui, acho que é fantástico e talvez, no futuro, as pessoas não tenham de sair para ter estas oportunidades”, declarou.
Teresa Julião, de Lisboa, considera o projeto “incrível” e valoriza a oportunidade de trabalhar com o maestro Tobias Gossmann.
Já Ricardo Neves, oriundo de Aveiro, referiu que é “fantástico” trabalhar com os colegas e com uma direção que considera “espetacular”.
Após a estreia, na cidade da Guarda, a OaFP realizará concertos em Viseu (quinta-feira) e no Conservatório de Música do Porto (sexta-feira).
Ainda há bilhetes disponíveis para o concerto na Guarda e podem ser adquiridos aqui.