O autarca o social-democrata Carlos Chaves Monteiro disse hoje durante a apresentação do documento, na reunião quinzenal do executivo, que o orçamento para o próximo ano tem como prioridades apoiar quem trabalha com os doentes (como as instituições particulares de solidariedade social), ajudar as famílias economicamente mais atingidas pela pandemia e apoiar as empresas e atrair mais investimento para o concelho.
“Fruto do equilíbrio financeiro conseguido nos últimos anos, a Câmara [Municipal da Guarda] pode enfrentar os efeitos da covid de forma musculada”, afirmou o presidente.
O autarca adiantou que o orçamento prevê “mais de 4,1 milhões de euros” para apoiar as medidas sanitárias de prevenção e combate à covid-19, para combater os efeitos sociais da pandemia e para ajudar as empresas locais a ultrapassarem a crise económica.
“Fruto do trabalho de equilíbrio financeiro dos últimos anos, ao qual estive diretamente ligado, a Câmara da Guarda pode hoje responder de forma musculada à crise sanitária, social e económica que a pandemia da covid-19 colocou ao concelho e à cidade”, sublinhou.
O orçamento camarário para 2021, no valor de 51,1 milhões de euros, que tem uma redução ligeira relativamente ao deste ano (51,8 milhões de euros), inclui uma verba de 475 mil euros de apoios para a criação de empregos e 450 mil euros de incentivos ao investimento.
Contempla, ainda, entre outros valores, o montante de 1,3 milhões de euros para a segunda fase de ampliação da Plataforma Logística, 400 mil euros para a requalificação do Mercado de São Miguel e 150 mil euros para a intervenção a realizar no espaço da feira quinzenal ao ar livre.
Carlos Chaves Monteiro considera que o executivo que lidera preparou um orçamento “responsável e racional”.
O orçamento foi aprovado por maioria com os votos contra dos dois vereadores do PS (Cristina Correia e Manuel Simões) e com a abstenção do vereador social-democrata sem pelouros, Sérgio Costa.
Cristina Correia justificou o voto contra dos eleitos socialistas por as expectativas do PS terem “ficado goradas” e por verificar que “não existe investimento de qualquer espécie na componente social”.
O vereador Sérgio Costa disse aos jornalistas, no final da reunião do executivo, que se absteve por considerar que é “um orçamento de ilusão” e “por uma questão de responsabilidade política”, por ter sido eleito pelo PSD nas eleições autárquicas de 2017.
Na mesma sessão foi decidido, também por maioria, reduzir o valor do IMI (Imposto Municipal Sobre Imóveis) de 0,40% para 0,375% e o valor da taxa fixa do IRS de 5% para 4,5%.
Os documentos hoje aprovados vão ser remetidos para discussão e aprovação na próxima reunião da Assembleia Municipal da Guarda.