Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, a intervenção é justificada porque “se torna necessário requalificar mais um espaço verde, neste caso, incluindo o maior conjunto arqueológico da cidade”.
“Vamos ter que infraestruturar aquele espaço de modo a que, quer de dia, quer de noite, possa ser fruído, possa ser usado” pela população, disse o autarca aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal.
Referiu que o objetivo da intervenção a realizar no local também vai permitir destacar a “valia arqueológica que ali existe”.
Álvaro Amaro vaticina que a intervenção possa ficar concluída em julho ou agosto de 2019, após o que se segue uma segunda fase relacionada com a requalificação rodoviária nas imediações da Estação Arqueológica do Mileu, na via que faz a ligação entre a cidade e a zona da Guarda-Gare.
O vereador do PS, Pedro Fonseca, disse que votou a favor da proposta da maioria social-democrata da Câmara Municipal da Guarda por reconhecer que a intervenção vai incidir numa zona da cidade onde existe património arqueológico “que merece e necessita” ser valorizado e preservado.
“Felicitamos o executivo por realizar essa intervenção”, afirmou o socialista no final da sessão.
A estação Arqueológica do Mileu foi descoberta em 1953, durante os trabalhos de construção da estrada de ligação entre a Guarda e a Guarda-Gare.
Naquele sítio, onde existem ruínas do período romano (séculos I e II), também se encontra a capela românica da Senhora do Mileu, que é datada do século XIII e que está classificada, desde 1950, como Imóvel de Interesse Público.