O executivo municipal da Guarda aprovou esta quarta-feira, com a abstenção dos dois vereadores do PS, o relatório de prestação de contas do município do ano de 2014.
Segundo Álvaro Amaro, no ano passado, a autarquia reduziu a dívida total, que era no valor de 51.840.861 euros, para 42.301.915 euros, fruto do “modelo de gestão” adotado pela equipa que lidera.
“Fruto destas contas em 2014, é possível chegarmos ao longo do primeiro trimestre de 2015, onde estamos, e ter o município da Guarda em equilíbrio financeiro”, assinalou.
Na nota de apresentação do relatório de contas, o presidente da autarquia explica que o executivo camarário desenvolveu a sua ação “tendo por base alguns princípios que considerou essenciais e definidores das suas opções políticas, que foi dinamizar a economia local, aumentar o poder de atração da cidade e promover a participação da comunidade e da sua envolvência nas ações desenvolvidas”.
Os vereadores do PS na Câmara Municipal da Guarda aproveitaram a discussão do relatório de contas do ano anterior para, no final da sessão, comentarem a auditoria às contas da autarquia, apresentada em abril de 2014, que revelou um passivo de 91 milhões de euros.
Cerca de um ano depois, o vereador socialista José Igreja explicou que a dívida apurada apresenta “um aumento artificial”, tendo o PS concluído, após análise dos documentos, que a mesma é “da ordem dos 50 milhões” de euros.
José Igreja explicou que os números apresentados pelo executivo PSD/CDS-PP estão “todos certos”, mas a leitura efetuada “junta a dívida” com as previsões e com os compromissos e, “tudo somado, dá os 91 milhões”, valor que, na versão socialista, não corresponde à realidade.
O outro vereador do PS, Joaquim Carreira, afirmou que a auditoria externa às contas da autarquia da Guarda “dá apenas suporte a uma mentira”.
“É uma habilidade contabilística feita com a conivência de profissionais da área, o que lamentamos”, concluiu.