Câmara da Guarda envolve munícipes na discussão do futuro Quarteirão das Artes

Após a auscultação da população, será elaborado o projeto, que tem um custo estimado de 1,5 milhões de euros.

A Câmara Municipal da Guarda quer envolver os munícipes no projeto do futuro Quarteirão das Artes, por isso, decidiu colocar o anteprojeto em discussão pública pelo período de um mês, anunciou hoje o seu presidente.

A autarquia apresentou ontem publicamente, no auditório do Museu local, o anteprojeto do Quarteirão das Artes que o seu presidente Álvaro Amaro pretende que seja aberto à participação das pessoas e das entidades que se entendam pronunciar sobre o mesmo.

Segundo Álvaro Amaro, entre 16 de maio e 16 de junho, o plano estará “em debate público”, todas as terças-feiras, das 10 às 12 horas, com a presença dos três técnicos da autarquia envolvidos na sua execução (João Mendes Rosa – diretor do Museu, Vítor Pereira – arqueólogo e Fernando Lopes – arquiteto).

O autarca referiu que o município da Guarda pretende que o processo seja participado, daí que seja colocado em discussão para obtenção de contributos da sociedade.

Explicou que “não era necessário” colocar o anteprojeto em debate público, mas a decisão foi tomada para permitir que “quem quiser” possa dar “contributos válidos e construtivos” para a requalificação do edifício do antigo Paço Episcopal, onde está instalado o Museu da Guarda.

De acordo com Álvaro Amaro, após a auscultação da população, será elaborado o projeto, que tem um custo estimado de 1,5 milhões de euros, para o qual a autarquia terá de procurar obter financiamento europeu.

A intervenção contempla, entre outras ações, a requalificação do espaço interior do atual museu e a construção de um novo edifício, no pátio exterior, onde serão instalados os futuros Museu da Cidade (desde a Pré-História até à atualidade) e Centro de Arte Contemporânea.

“O projeto é muito feliz pelo respeito que tem pela traça [arquitetónica] e pela modernidade”, admitiu o autarca, que se mostrou “encantado” com a ideia apresentada pelos autores do anteprojeto.

Referiu ainda que com a criação do Quarteirão das Artes pretende-se “transformar aquela zona “como um local de grande visitação” da cidade mais alta do país.

A ideia do projeto do Quarteirão das Artes surgiu em 2015 na cerimónia de assinatura de um contrato interadministrativo de transferência do Museu da Guarda para a Câmara Municipal, celebrado entre a autarquia e a Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC).

No espaço do futuro Quarteirão das Artes, no edifício que no passado funcionou como Paço Episcopal, estão atualmente instalados o Museu da Guarda e o Centro Cultural e existe um espaço destinado ao futuro Museu de Arte Sacra.
 


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