Câmara da Guarda disponível para valorizar cestaria típica de Gonçalo

Através da criação de um Centro para a Promoção e Valorização da Cestaria de Gonçalo.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, disse ontem que a autarquia está disponível para participar no processo de criação de um Centro para a Promoção e Valorização da Cestaria de Gonçalo, naquele concelho.

“Se o Governo estiver disposto a articular uma solução, nós [Câmara Municipal] seremos também parte dessa solução e naquilo que for a necessidade de intervir com recursos financeiros e com meios humanos. Nós, com certeza que estaremos na primeira linha”, afirmou o presidente da Câmara da Guarda no final da reunião quinzenal do executivo, que decorreu na freguesia de Gonçalo.

A vila de Gonçalo, que tem o epíteto de Capital da Cestaria, dista cerca de 20 quilómetros da cidade da Guarda.

No período de antes da ordem do dia da sessão, o atual presidente da Assembleia de Freguesia e antigo presidente de Junta, Pedro Pires, recomendou ao executivo municipal que tenha “um especial cuidado com o tratamento do assunto da cestaria, no apoio que tem de ser dado ao Centro para a Promoção e Valorização da Cestaria de Gonçalo”.

No ano passado, a Assembleia da República recomendou ao Governo que avalie, em colaboração com as autarquias locais, a possibilidade de criação daquele projeto.

Hoje, Pedro Pires falou do assunto e disse que “urge por em marcha” o processo para que se possa “salvaguardar a arte da cestaria” de Gonçalo.

O responsável sugeriu ainda que, no âmbito da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027, o município também pondere a possibilidade de candidatar a cestaria a património imaterial da humanidade.

No final da sessão, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), disse aos jornalistas que, independentemente das ações nacionais que possam ser feitas para a salvaguarda da cestaria, o município que lidera está a equacionar a possibilidade de criar uma Escola de Artes e Ofícios que aglutine atividades como a cestaria, o cobertor de papa, as facas da aldeia do Verdugal e os chocalhos da localidade de Maçainhas, entre outras atividades ancestrais concelhias.

A autarquia está a fazer o levantamento das atividades artesanais para criar um espaço onde as possa valorizar: “Nós temos que criar um produto, um museu vivo, em que estas artes estejam presentes”, disse.

“O que queremos é dinamizar as artes e os ofícios, a cestaria, o cobertor de papa e outras atividades que caracterizam o nosso território”, rematou o autarca.

O vereador do PS Eduardo Brito disse que na Criação do Centro de Valorização da Cestaria de Gonçalo “há uma parte que cabe à Câmara”, entendendo que deve destinar alguma verba para o projeto.

O socialista deixou a sugestão para que seja criado “um fundo de revitalização” para as atividades económicas das freguesias rurais, onde se insere a cestaria de Gonçalo.


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