Câmara da Guarda aprova orçamento “realista” de 30 ME para 2015

A Câmara da Guarda aprovou hoje por maioria o orçamento municipal para 2015, no valor de 30 milhões de euros, que é considerado “realista” e de “rigor” pelo seu presidente e “pobre” pela oposição socialista.

“É um orçamento realista, de rigor, mas um orçamento de uma autarquia que está num processo de saneamento financeiro”, referiu o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, (PSD/CDS-PP), na reunião do executivo municipal onde o documento foi aprovado com os votos contra dos dois eleitos do PS.

O orçamento da Câmara Municipal da Guarda para o próximo ano reduz em oito milhões o valor relativamente ao de 2014, mas o autarca assegurou que o mesmo “não deixa de apresentar a inovação e a ambição” do atual executivo.

“Ao contrário de há um ano, agora conhecemos bem melhor as dificuldades que o município da Guarda tem de vencer, sempre com um apelo à participação responsável de todos e de todas as forças políticas”, refere o presidente da autarquia na nota introdutória do documento a que a agência Lusa teve acesso.

Segundo Álvaro Amaro, o orçamento para 2015, no valor global de 30.278.765 euros, “não tem comparação com o que foram os orçamentos apresentados pelo município nos últimos 12 anos.

As grandes opções do plano pretendem dar continuidade a alguns projetos desenvolvidos durante o ano de 2014, ancorados aos vetores de estímulo e apoio à economia local e de aumento de poder de atração da Guarda, apontou.

Uma das apostas é a criação da primeira edição do Plano Educativo Municipal, para o ano letivo 2015/2016, que reconfigure a ação educativa adequada à rede escolar e aos objetivos da Lei de Bases do Sistema Educativo.

A aplicação do Programa de Generalização do Fornecimento de Refeições aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico do concelho é outros dos propósitos.

Na cultura, haverá apoios às associações, com base num regulamento já aprovado, e no turismo a autarquia fará a segunda edição da Feira Ibérica de Turismo.

Álvaro Amaro também anunciou que serão feitos contratos de execução e acordos de cooperação com as freguesias e que a autarquia irá transferir 30 funcionários para as 42 juntas rurais.

Na economia, será criado o Guia do Investidor e promovida a utilização da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial.

Na área social, entre outras medidas, está previsto um novo benefício, no setor da saúde, para os munícipes com menores rendimentos e maiores encargos.

Os dois vereadores do PS, José Igreja e Joaquim Carreira, votaram contra o orçamento camarário por ser “pobre” e por ter “falta de audácia e de ambição”.

Segundo José Igreja, o documento, tecnicamente está “bem construído”, mas falta-lhe “um bocado de audácia”, apontando que a maioria “optou bastante na área do turismo e um pouco menos na área da economia”.

“Nós concordamos com muita coisa que está no orçamento, mas não sentimos que dê uma ideia de força, de dinâmica, para a economia da região”, justificou.


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