A Câmara do Fundão aparece em 14º lugar com um passivo exigível na ordem dos 82 milhões de euros e a Câmara Municipal da Covilhã ocupa o 21 lugar, no ranking dos 35 municípios de média dimensão, com maior passivo exigível, em 2013, de 65 milhões euros. O que significa um decréscimo na ordem dos 9 milhões de euros relativamente a 2013, deixando a Covilhã em 11º lugar no ranking das autarquias que mais reduziram o seu passivo exigível entre 2012 e 2013. No final deste período as empresas municipais da Covilhã apresentaram uma dívida de 28 milhões de euros. No entanto, a empresa ICOVI aparece em destaque no Anuário Financeiro com um património fixo superior a 64 milhões de euros.
Na rubrica amortizações do passivo financeiro, a Covilhã aparece na 30ª posição, com uma diminuição de 4 milhões e 800 mil euros enquanto, o Fundão ocupa o 17º lugar com uma redução de 6 milhões e 700 mil.
Em 2013 as despesas de investimento totalizaram 2,3 mil milhões de euros dos quais foram pagos 1,6 mil milhões de euros (67,9% da despesa realizada, isto é, mais 9,1% que no ano anterior). Dos 35 municípios com maior e menor volume de investimento realizado em 2013 só aparece o concelho do Fundão em 4º lugar com aumento de investimento de 41 milhões de euros, mais 14,5 milhões de euros em relação a 2012.
A Covilhã ocupa os lugares cimeiros como um dos municípios que menor despesa tem com o pessoal, aparecendo no 16º com 18,1 por cento da despesa orgânica da autarquia, já o Fundão lidera a tabela com 8.4 por cento.
O estudo realça que as transferências do Estado são a principal forma de sobrevivência financeira da generalidade dos municípios, seguidas dos impostos e taxas cobradas e só depois a venda de bens e serviços pelas câmaras.
O ranking global dos municípios portugueses foi divulgado na quinta-feira e faz parte do Anuário dos Municípios Portugueses, num estudo desenvolvido pelos investigadores João Costa Carvalho, Maria José Fernandes, Pedro Camões e Susana Jorge, numa edição da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Para o apuramento do ranking dos municípios portugueses com melhor eficiência financeira foram avaliados vários indicadores, como dívidas a terceiros por habitante; liquidez; endividamento líquido por habitante; prazo médio de pagamentos ou grau de execução da receita liquidada relativamente a despesas comprometidas, entre outros. De acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, divulgado na terça-feira, em Lisboa, a dívida global dos municípios desceu 370 milhões de euros no último, em contra ponto com a dívida do Estado Central.