A Comissão Europeia refere que as previsões hoje apresentadas estão alinhadas com a revisão das projeções feitas ao longo da 11.ª avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), mas que as previsões orçamentais “estão a ser revisitadas durante a 12.ª avaliação”. A missão da ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) em Lisboa terminou na sexta-feira, mas a conclusão formal está dependente da aprovação do FMI e da Comissão.
De acordo com as previsões económicas da primavera da Comissão Europeia, hoje divulgadas, a taxa de desemprego deverá atingir os 15,4% em 2014, caindo ligeiramente para os 14,8% no próximo ano.
Em 2014, segundo a Comissão, o crescimento de 1,2% de Portugal deverá assentar na evolução das exportações (+5,7%), embora se preveja que as importações cresçam 4,1%.
O investimento, por seu lado, deverá voltar a terreno positivo e aumentar 3,3%, o consumo privado deverá crescer 0,7% e o consumo privado deverá recuar 1,6% este ano.
Para 2015, a Comissão Europeia estima que o crescimento de 1,5% da economia portuguesa continue a ser dinamizado pelas exportações (5,7%), mas também pelo investimento (+3,8%).
O consumo privado deverá aumentar 0,8%, o consumo público deverá cair 1,5% e as importações deverão acelerar ligeiramente para os 4,2% no próximo ano.
Quanto ao défice, as previsões confirmam novamente os números já divulgados, esperando-se que o défice das administrações públicas caia este ano para os 4% e que, em 2015, fique nos 2,5%, abaixo do definido no Tratado Orçamental (3%).
Já a dívida pública, depois de ter atingido os 129% do PIB em 2013, deverá cair este ano para os 126,7% e para os 124,8% em 2015, segundo as previsões económica de primavera da Comissão Europeia.
No Documento de Estratégia Orçamental, divulgado na semana passada, o Governo estimou que, segundo o Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais em vigor (SEC1995), a dívida pública atinja os 130,2% este ano, recuando para os 128,7% em 2015.
No entanto, esta metodologia vai ser alterada (SEC2010) e terá efeitos práticos a partir de Setembro deste ano: segundo o SEC2010, o rácio da dívida pública situar-se-ia nos 127,5% este ano, recuando para os 125,7% em 2015, de acordo com o DEO.