Bombeiros internados em Coimbra sem alterações no quadro clínico

Os cinco bombeiros que estão internados na unidade de queimados do CHUC mantêm o quadro clínico registado nos últimos dias. Um dos doentes mantém “prognóstico muito reservado”, dois “prognóstico reservado” e outros dois “prognóstico favorável”, disse a mesma fonte. A situação mais grave é a de um homem, de 50 anos, transferido do hospital de Braga […]

Os cinco bombeiros que estão internados na unidade de queimados do CHUC mantêm o quadro clínico registado nos últimos dias.
Um dos doentes mantém “prognóstico muito reservado”, dois “prognóstico reservado” e outros dois “prognóstico favorável”, disse a mesma fonte. A situação mais grave é a de um homem, de 50 anos, transferido do hospital de Braga para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que tem 19% da superfície corporal queimada, com queimaduras ao nível da extremidade cefálica e membros superiores e tronco. Este bombeiro está intubado e ventilado. Um outro ferido, um homem de 45 anos, proveniente do hospital de Bragança, apresenta 26% da superfície corporal queimada, com queimaduras ao nível da extremidade cefálica, membros superiores e inferiores. Está também intubado e ventilado, apresentando prognóstico reservado. Proveniente do centro de saúde de Vila Nova de Foz Côa, está também internado naquela unidade do CHUC um homem de 62 anos de idade, com 17% da superfície corporal queimada, principalmente na face, mãos e membros inferiores. Está também intubado e ventilado e com prognóstico reservado. Oriundo de Vila Real continua ali internado um jovem de 19 anos, com 20% da superfície corporal queimada, apresentando prognóstico favorável, à semelhança do que sucede com um outro doente de 21 anos, proveniente de Viseu, com 3% da superfície corporal queimada. O CHUC ativou na quinta-feira o plano de contingência destinado a dar resposta às ocorrências resultantes dos incêndios florestais. Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC referiu que disponibiliza, de imediato, seis camas de grandes queimados (na unidade de queimados), cinco camas para queimados e/ou cuidados intensivos na unidade de internamento de curta duração (área de serviço de urgência) e uma área para doentes de foro respiratório ou outros problemas médicos. “O CHUC poderá ainda disponibilizar mais três camas de grandes queimados e cinco camas de Cuidados Intensivos. Por outro lado, o Bloco Operatório Central do CHUC foi ativado e convertido para suportar mais três salas operatórias em simultâneo. O tempo de espera para ativação destas salas é de apenas 30 minutos”, adiantava a nota. O Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico (CPTTP) do CHUC disponibiliza também acompanhamento às vítimas dos incêndios florestais, disse na segunda-feira à agência Lusa o diretor de Psiquiatria da instituição. Reis Marques disse à Lusa que os bombeiros envolvidos nos incêndios florestais que têm atingido o país, assim como os seus familiares e outros diretamente envolvidos, viveram “situações stressantes” e é, por isso, “fundamental” dar “seguimento a estas pessoas”. “Viveram situações de pressão ou situações de grande vivência traumática, com níveis de ansiedade muito elevados. Podem criar componentes fóbicas e dificuldades em enfrentar novas situações. Aliado a este sofrimento surgem situações também de ordem psicossomática, ao nível do coração ou do estômago”, por exemplo.

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