O debate, de âmbito nacional, intitulado “Que fazer com o país das aldeias?”, começou às 15 horas e tem finalização prevista para as 19h30, com a leitura das conclusões.
A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal do Sabugal e vai decorrer no auditório da Casa da Música de Bendada.
Segundo os promotores, está prevista a participação de cerca de 150 especialistas em desenvolvimento e coesão territorial, autarcas, empresários e técnicos de marketing rural de vários pontos do país.
Estão programadas intervenções do ministro da Agricultura, Capoulas dos Santos, de Augusto Mateus, antigo ministro da Economia, de Helena Freitas, coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, de Jorge Seguro Sanches, secretário de Estado da Energia, de Frederico Lucas, dirigente da organização Novos Povoadores, e de Pedro Cegonho, presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
O debate será moderado por Vítor Andrade, coordenador de Economia do semanário Expresso, enquanto as conclusões serão apresentadas por António Robalo, presidente da Câmara Municipal do Sabugal.
Fonte da organização disse à agência Lusa que a localidade de Bendada, uma “aldeia onde a estrada acaba”, será palco de um evento “que ambiciona ser também o ‘pontapé de saída’ para a discussão nacional” da temática relacionada com a coesão territorial e com o futuro das aldeias.
O encontro será “um fórum onde, muito para além dos diagnósticos, se pretende apontar soluções, caminhos e estratégias ganhadoras que voltem a colocar no mapa do desenvolvimento milhares de aldeias” do país.
O debate procurará dar resposta a perguntas como: “Vale a pena definir uma estratégia para as aldeias, ou estão condenadas a serem meros parques de diversões sentimentais? Qual é, afinal, o valor económico e cultural das aldeias?”.
“A estas e muitas outras questões os oradores irão tentar dar respostas e, acima de tudo, mensagens de encorajamento a todos os que ainda acreditam na viabilidade económica, política, social e cultural desta parte do território nacional”, disse à Lusa a mesma fonte da organização.
A aldeia de Bendada, onde a discussão decorre, tem menos de 300 habitantes e, segundo os promotores, “é uma daquelas aldeias do interior que, estatisticamente, está condenada a desaparecer em poucos anos”, porque “não nascem crianças e os velhos estão a morrer”.